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Trama da década

Maior ibope da Globo desde 1996, Senhora do Destino faz dez anos

Fotos Divulgação/TV Globo

Renata Sorrah (Nazaré) grava cena final de Senhora do Destino, maior audiência da Globo na década - Fotos Divulgação/TV Globo

Renata Sorrah (Nazaré) grava cena final de Senhora do Destino, maior audiência da Globo na década

PAULO PACHECO

Publicado em 27/6/2014 - 18h43
Atualizado em 28/6/2014 - 6h34

Em 28 de junho de 2004, a Globo colocava no ar sua novela de maior sucesso nos últimos 18 anos: Senhora do Destino. A história da retirante Maria do Carmo (Susana Vieira) e sua rival Nazaré Tedesco (Renata Sorrah) teve média de 50,4 pontos e 73,7% de participação nos televisores ligados. Nenhuma novela das 21h fazia tanto sucesso desde O Rei do Gado (1996), que fechou com 52,0 pontos.

Nenhuma trama posterior conseguiu superar a audiência de Senhora do Destino. As mais recentes não chegam nem perto do sucesso do folhetim escrito por Aguinaldo Silva e dirigido por Wolf Maya. Para ter uma ideia, a atual novela das nove, Em Família, tem pouco mais da metade do ibope, 29,3 pontos, e menos de 50% de participação nas TVs sintonizadas (fato inédito às 21h). Atualizando para valores atuais, em que cada ponto equivale a 65 mil domicílios (em 2004, eram 49,5 mil), Senhora do Destino teria 38,3 pontos.

"Foi uma novela marcante, um grande sucesso de audiência e repercussão. [Nos últimos dez anos,] houve uma mudança no cenário. Hoje em dia, a concorrência com outras mídias é muito maior. Vivemos um outro tempo, diferente de dez anos atrás", analisa Nilson Xavier, crítico de novelas e autor do Almanaque da Telenovela Brasileira.

Dez anos depois, a trama de Aguinaldo Silva ainda fica na memória dos telespectadores. Não é difícil encontrar páginas, perfis nas redes sociais e montagens com fotos e bordões de Nazaré Tedesco (Renata Sorrah) e Giovanni Improtta (José Wilker). O segredo do sucesso está nas histórias e nos tipos dos personagens, avaliam especialistas em teledramaturgia.

"A saga de Maria do Carmo e seus filhos representou a vitória do migrante nordestino. Aguinaldo Silva conseguiu inverter completamente o ponto de vista reinante. [A novela teve] uma das maiores vilãs de todos os tempos, a ensandecida Nazaré Tedesco, e um contraventor arrependido, o ex-bicheiro Giovanni Improtta. Houve um equilíbrio muito satisfatório entre ficção e o seu entorno de realidade", explica Mauro Alencar, doutor em Teledramaturgia Brasileira e Latino-Americana pela USP (Universidade de São Paulo).

Dez anos de Senhora do Destino

Maria do Carmo (Susana Vieira) se vinga de Nazaré Tedesco (Renata Sorrah)
Djenane (Elizângela) morre após cair da escada da casa de Nazaré (Renata Sorrah)
Dirceu de Castro (José Mayer) e Giovanni Improtta (José Wilker) se provocam por Maria do Carmo (Susana Vieira)
Nazaré (Renata Sorrah) implora perdão de Isabel (Carolina Dieckmann), que descobriu ter sido sequestrada
Os filhos de Maria do Carmo: Plínio (Dado Dolabella), Leandro (Leonardo Vieira), Lindalva (Carolina Dieckmann), Viriato (Marcello Antony) e Reginaldo (Du Moscovis)
Nazaré (Renata Sorrah) é presa por invadir casa de Maria do Carmo (Susana Vieira)
Maria do Carmo (Susana Vieira) desfila pela escola de Samba Unidos de Vila São Miguel ao lado de Giovanni Improtta (José Wilker) e Dirceu de Castro (José Mayer)
Maria do Carmo (Susana Vieira) reencontra Lindalva (Carolina Dieckmann), sua filha desaparecida
Nazaré (Renata Sorrah) rouba filha de Lindalva (Carolina Dieckmann)

A trama

Senhora do Destino se divide em duas partes. Na primeira, em 1968, Maria do Carmo (Carolina Dieckmann) é abandonada pelo marido, dá à luz a Lindalva e parte com os cinco filhos de Pernambuco para o Rio de Janeiro. No meio dos protestos contra a ditadura militar, acaba se refugiando na mesma casa onde está Nazaré (Adriana Esteves), que se disfarça de enfermeira e rouba a bebê da retirante.

Na segunda parte, no início dos anos 1990, Maria do Carmo (Susana Vieira) é dona de uma loja de materiais para construção e disputada por dois pretendentes, o jornalista Dirceu de Castro (José Mayer) e o ex-bicheiro Giovanni Improtta (José Wilker), mas continua atrás da filha sequestrada. Enquanto isso, Nazaré cuida de Lindalva, agora Isabel (Carolina Dieckmann), que descobre que foi roubada pela vilã, mas demora a aceitar a verdadeira mãe. Nazaré acaba se redimindo dos seus crimes e se joga da ponte no último capítulo.

Que fim levou?

Susana Vieira: Após Senhora do Destino, atuou em Duas Caras (2007) na série Cinquentinhas e em seu spin-off, Lara com Z, ambos de Aguinaldo Silva. Em 2013, interpretou Pilar, mulher de César (Antonio Fagundes) em Amor à Vida, novela de Walcyr Carrasco. Está reservada para a próxima trama de João Emanuel Carneiro, em 2015.

Renata Sorrah: Marcada por Nazaré Tedesco, precisou descansar a imagem durante um ano e apareceu apenas em personagens secundários nas novelas. Atualmente, está no ar em Geração Brasil, interpretando uma personagem parecida com Nazaré: a vilã e piriguete de meia-idade Gláucia Beatriz, mãe do protagonista, Jonas Marra (Murilo Benício).

José Mayer: Garanhão nas tramas de Manoel Carlos, seu personagem (o jornalista Dirceu de Castro) perdeu Maria do Carmo (Susana Vieira) para Giovanni Improtta (José Wilker) em Senhora do Destino. Viverá seu primeiro gay em Império, nova trama de Aguinaldo Silva, que estreia em 21 de julho.

José Wilker: Seu personagem em Senhora do Destino, Giovanni Improtta, virou filme em 2013, roteirizado por Aguinaldo Silva. Depois da novela, interpretou o ex-presidente Juscelino Kubitschek na minissérie JK (2006). Seu último papel em telenovelas foi o apagado Herbert, em Amor à Vida. Morreu em abril de 2014, aos 66 anos.

Carolina Dieckmann: Viveu Maria do Carmo na primeira fase da novela e Lindalva (Isabel), filha de Maria do Carmo sequestrada por Nazaré, na segunda. Sua última trama foi Joia Rara, às 18h. Sua vida pessoal tem sido mais comentada do que a carreira artística. Em 2012, hackers teriam invadido o computador da atriz e roubado fotos íntimas. A história gerou a criação da Lei Carolina Dieckmann, que combate crimes cibernéticos.

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