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Recap S10E05

Flerte entre vilania e heroísmo faz de Negan o novo ícone de Walking Dead

Divulgação/AMC

O ator Jeffrey Dean Morgan solta seu sorriso sacana característico na décima temporada de Walking Dead

O ator Jeffrey Dean Morgan no quinto episódio da décima temporada de Walking Dead; vilão ou herói?

JOÃO DA PAZ

Publicado em 3/11/2019 - 23h03

[Atenção: este texto contém spoilers]

A jornada regenerativa de Negan (Jeffrey Dean Morgan) em The Walking Dead coloca o vilão (ou seria herói?) como o ícone do drama zumbi, no primeiro ano sem o mocinho Rick Grimes (Andrew Lincoln). No quinto episódio da décima temporada, exibido no domingo (3), com o sugestivo título What It Always Is (O Que Sempre É), Negan novamente foi o centro das atenções.

O sanguinário oscilou entre dar conselhos de pai a um garoto e vestir novamente a jaqueta preta, com o bastão Lucille em mãos, rememorando os velhos tempos de antagonista implacável.

Essa gangorra vivida por Negan desde o começo da atual temporada, quando passou a obedecer a um regime semiaberto em Alexandria (prisão de noite e trabalho em uma horta de dia), caiu nas graças dos telespectadores. Tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos o público aprova o que Angela Kang, a idolatrada showrunner de Walking Dead, faz com o personagem, episódio após episódio.

Os aplausos e elogios são por vários motivos. A começar pela provocação que é inserir Negan dentro de um contexto redentor. Aquele truculento homem sem coração que trucidou inimigos sem dó, matando inocentes a esmo, passou a entender o que significa compaixão e salvou não uma e nem duas, mas três pessoas importantes do grupo de sobreviventes do apocalipse zumbi.

Daí vem algumas perguntas. Seria Negan digno de uma segunda chance? Todas essas boas ações são verdadeiras, ou seja, vêm de um coração puro? Tem a ala de telespectadores que acredita que sim, Negan agora é um novo homem e merece perdão. Para quem está do outro lado do debate, o episódio deste domingo foi rico em argumentos bem convincentes de que uma vez vilão, sempre vilão.

Negan reencarnou o lobo mau. Ao ter em mãos a jaqueta de couro e o taco de beisebol Lucille, itens essenciais da farda dos tempos áureos de sangue nos olhos, o barbudo com um sorriso sacana voltou a entoar "porquinho, porquinho, cadê você, me deixe entrar!", frase característica do vilão que bota medo e estampa camisa de fãs.

Sedento, Negan acabou com vários zumbis ao cruzar a fronteira que divide os territórios que pertencem aos Sussurradores e aos sobreviventes. Mas enquanto se deliciava na carnificina, ele se deparou com Beta (Ryan Hurst) e mostrou não ter ficado intimidado.

Nos próximos capítulos, Walking Dead vai revelar se Negan irá se infiltrar no meio dos Sussurradores e reassumir a vilania ao lado de Alpha (Samantha Morton). Ou ele aproveitará o embalo e irá destruí-los, provando ser um verdadeiro herói.

Fato é que enquanto os mocinhos tradicionais de Walking Dead estão ocupados com outras coisas, como Daryl (Norman Reedus) à beira de engatar um romance com Connie (Lauren Ridloff), Negan rouba a cena.

O ator Jeffrey Dean Morgan tem recebido elogios por imprimir bem a dualidade do seu personagem nessa décima temporada de Walking Dead. E os fãs compraram a ideia de apostar ou não na redenção de Negan.

Para embaralhar mais ainda a cabeça dos telespectadores, Negan salvou outras duas pessoas frágeis no capítulo desta semana: uma mulher e o filho dela. O antagonista tomou tempo até para contar uma historinha fofa ao garoto, em uma cena de pura ternura, um genuíno momento de pai para filho. Quem joga as fichas contra a bondade de Negan tem esse tipo de vulnerabilidade do vilão jogando contra.

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