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Reprodução/RecordTV
Guilherme Winter em cena de Os Dez Mandamentos: novela foi vendida para a Netflix
DANIEL CASTRO
Publicado em 10/10/2017 - 6h07
A Record está se preparando para lançar uma plataforma de vídeo sob demanda. A Netflix da Record, como o projeto está sendo chamado internamente, cobrará mensalidade de seus usuários, tal como o Globo Play, mas terá conteúdo limitado. Seu maior sucesso no século, a novela bíblica Os Dez Mandamentos (2015), teve seus direitos vendidos justamente para a Netflix e não poderá ser oferecida a seus assinantes.
Além do acervo da emissora, a operação de streaming da Record deverá ter conteúdo inédito e material produzido exclusivamente para a internet. O R7 Play, serviço que oferece novelas (inclusive Os Dez Mandamentos), telejornais e programas da Record via YouTube, sob o pagamento de mensalidade, será desativado e incorporado pela nova plataforma.
Um aplicativo para telefones celulares e televisores conectados está sendo desenvolvido pela área de tecnologia da Record.
Executivos e advogados da emissora ainda estudam se poderão oferecer programas como Dancing Brasil e A Fazenda, cujos formatos pertencem a produtoras internacionais e precisam de licenças específicas para serem veiculados na internet.
Também está em estudo o tamanho do acervo da plataforma. Ainda não se sabe se haverá conteúdo histórico, como trechos dos festivais de música dos anos 1960.
Já é certo, contudo, que haverá transmissão em tempo real de novelas e telejornais, o que caracteriza o que a indústria de TV por assinatura chama de TV everywhere, ou seja, a possibilidade de se ver determinada emissora ou canal em qualquer lugar do mundo, via celular, tablet ou computador conectado à internet.
Também é certo que o novo serviço da Record não terá minisséries bíblicas, como Rei Davi (2012) e A História de Ester (2010). Essas produção são as principais atrações do Univer, serviço de vídeo sob demanda da Igreja Universal, voltado para o público evangélico.
Com o lançamento de uma plataforma "parecida" com a Netflix, a Record revê sua estratégia de vídeo na internet. A emissora se aproxima do modelo da Globo, fecha as portas para a Netflix (para a qual já cogitou licenciar todo o seu conteúdo) e se afasta do YouTube, que lançou nos Estados Unidos um serviço em que oferece a programação em tempo real de emissoras abertas, mediante pagamento de mensalidade.
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