Diretor de The Flash ignora crise de ator e torce por futuro do herói na nova DC

Depois de uma longa temporada de vaivéns, troca na chefia da DC e ameaças de cancelamento pelas várias polêmicas que envolvem o protagonista Ezra Miller, The Flash estreia nos cinemas nesta quinta-feira (15) com a promessa de ser um filme que mereceu ser salvo do facão da Warner. Em entrevista ao Notícias da TV, o diretor Andy Muschietti revela os desafios de tirar o longa do papel, as surpresas inesperadas e qual é o futuro ele espera para Barry Allen no novo Universo da DC.

Antes da conversa, veio a ordem: é proibido tocar no nome de Ezra Miller ou nas controvérsias que envolveram o artista e toda a trajetória do filme até seu aguardado lançamento. Mesmo assim, Muschietti comenta a decisão de incorporar o multiverso no novo longa do herói mais rápido da DC.

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"O multiverso é algo que já até passou do prazo no Universo da DC. Foi criado há 60 anos e é um elemento muito importante na mitologia dos quadrinhos. Por que não trazê-lo agora? Acho que é um elemento que traz uma nova vida para os filmes da DC", explica o cineasta.

DIVULGAÇÃO/WARNER BROS. PICTURES

Ezra Miller e Andy Muschietti nos bastidores de The Flash

"Temos visto versões diferentes dos mesmos personagens, e toda vez que tem uma versão nova, parece que há uma necessidade de recontar a história várias vezes, com sua origem. Todo diretor que chega traz um novo estilo, um novo tom, e eu acho que já estava na hora de as coisas avançarem um pouco", confessa.

Ao trazer o multiverso para a DC, Muschietti faz algo parecido com o que a Marvel promoveu em Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa (2021). Ele resolveu que seria interessante trazer de volta o Batman mais icônico do cinema. Michael Keaton, que interpretou o Homem-Morcego nas versões dirigidas por Tim Burton em 1989 e 1992, retorna ao papel em The Flash.

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Michael Keaton como Batman em The Flash

"Para pessoas como eu, daquela geração que viu Keaton no cinema, é algo que realmente mudou a maneira como os super-heróis eram representados. Nós o amamos", acrescenta. "Nunca pensei que Keaton voltaria a interpretar o Batman, muito menos comigo dirigindo. Foi muito emocionante."

Caminho tortuoso até o lançamento

The Flash foi um filme mergulhado em polêmicas desde que Ezra Miller, protagonista do longa-metragem, se envolveu em seguidas e recorrentes controvérsias. Miller passou por uma série de prisões por conduta desordeira, acusações de agressão, e o longa teve seu futuro ameaçado. 

Andy Muschietti foi proibido de tocar no assunto com os jornalistas, mas confessa que penou para que The Flash realmente chegasse aos cinemas. "Tivemos que encarar muitos desafios. A cada dia, cada hora, cada mês e cada ano. Fazer um filme é basicamente resolver problemas, talvez eu levasse umas sete horas só falando sobre os desafios que tivemos", desabafa.

Ainda assim, ele gostou de todo o processo: "Os desafios eram divertidos. Mesmo que tenha sido uma tarefa titânica dar vida a tudo isso, foi ótimo". 

O diretor também torce por um futuro de The Flash no novo universo da DC, agora comandado por James Gunn e Peter Safran. "Espero que esse Flash seja absorvido pela nova DC. Acho que tudo depende do público. Se as pessoas gostarem deste filme, acho que há um futuro nisso", deseja.