William Bonner vira 'paizão' e dá conselho para repórter que cobre furacão Milton

A correspondente da Globo nos Estados Unidos Raquel Krähenbühl ganhou um "conselho de paizão" de William Bonner no Jornal Nacional desta quarta-feira (9). Escalada para cobrir a passagem do furacão Milton direto da Flórida, a repórter surgiu ao vivo no telejornal com ventos fortes quase a arrastando. "A recomendação sempre é que você se proteja", alertou o âncora.

Raquel surgiu no telão do JN para conversar com Bonner e Renata Vasconcellos e falar sobre a situação dos Estados Unidos em meio a tempestade. "Qual é a situação de momento aí em Orlando, onde você está?", questionou o apresentador. "O furacão Milton acelerou e deve chegar antes do previsto aqui na Flórida, possivelmente em uma ou até duas horas", disse ela.

"Está nesse momento no mar, com ventos de 205 km/h, a cerca de 50, 60 quilômetros de Tampa, que deve ser a primeira área atingida. A gente veio aqui para Orlando, que fica a cerca de 110 quilômetros de Tampa, é uma área mais segura. Depois de cruzar o Estado, o furacão deve chegar aqui um pouco mais tarde, com ventos mais fracos, não tão intensos", explicou ela, que tinha visitado a outra cidade pela manhã.

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"A gente está aqui numa área que não é obrigatória a retirada, é uma área bem mais segura. Mesmo assim, a gente já sente os efeitos do furacão que ainda nem chegou. Chove muito e o vento só aumenta, algumas rajadas são tão fortes que a gente tenta manter o equilíbrio", falou a repórter, que lutava para manter os cabelos e o cachecol no lugar.

"A recomendação é sempre que você se proteja, Raquel. Então, cuide-se, tá bem?", orientou Bonner, preocupado. "Procura um abrigo, aí. Obrigada pelas informações", complementou Renata, em tom carinhoso.

Público se preocupa com jornalista

Em uma entrada no Bom Dia Brasil desta quarta, Raquel falou sobre a situação complicada que enfrenta antes da passagem do Milton. "Quando chegamos aqui, a primeira coisa que a gente fez foi buscar mantimentos. Paramos no supermercado, tentamos comprar água e comida, mas já não tinha. Até agora não conseguimos encontrar um posto com gasolina", lamentou ela.

"Seguimos de Orlando para Tampa de carro. Nosso tanque estava cheio porque alugamos um carro no aeroporto e, na estrada, todos os pedágios estavam liberados, principalmente para as pessoas que estão sendo forçadas a saírem de suas áreas", detalhou a jornalista.

O relato da profissional chocou os internautas, que reagiram após ela encarar uma ventania e muita chuva para gravar uma reportagem. "Ela está dando a vida pela Globo", disse Everson Araújo nos comentários de um trecho da notícia no Instagram.

"Povo sofre pelo emprego para depois ser descartado. Deus guarde ela. E a equipe", concordou Rosilaine Pereira. "Dando a vida pela emissora que, se tiver que substituir ela, vai fazer isso sem olhar para trás", criticou Kelly Venites.

Já outros internautas apontaram que os perrengues fazem parte da vida de uma repórter como Raquel. "O povo achando que ela está fazendo pela empresa, mas é a chance de vida dela. Está fazendo isso por ela, pelo nome dela que será elevado depois disso tudo", opinou Willian Cason.

"Isso sempre existiu. Coberturas de desastres naturais e de guerras sempre tiveram correspondentes internacionais enviados ao local. Qual o espanto? Não que eu concorde com essa prática, acho sensacionalismo e ego, mas que sempre existiu, sempre existiu", concordou Ricardo Bruini.