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FENÔMENO DA INTERNET

Universo expandido do Choque de Cultura? Atores dizem que filme é possível

Reproução/TV Quase

Daniel Furlan, Caíto Mainier, Leandro Ramos e Raul Chequer no Choque de Cultura

Choque de Cultura à distância; fenômeno da internet pode "expandir universo" em filme ou série de TV

REDAÇÃO

redacao@noticiasdatv.com

Publicado em 30/11/2020 - 17h00
Atualizado em 30/11/2020 - 17h50

Depois de se tornar um fenômeno na internet e migrar para a TV aberta, o Choque de Cultura pode expandir o seu universo com a criação de um filme ou uma série focada nos mesmos personagens que conquistaram o público. Quem revelou a informação foi Daniel Furlan, em coletiva de imprensa para divulgar a estreia da nova temporada do programa no Canal Brasil.

Questionado sobre a aparição de outros personagens nos novos episódios, Furlan, que interpreta Renan na atração, negou a possibilidade. Mas disse que há negociações  sobre expandir o universo do Choque com outras mídias.

"Em todas as temporadas nós citamos diversos outros personagens, mas não conversamos sobre incluí-los no programa. O que temos conversado é sobre expandir esse universo para uma série ou um filme, e aí, sim, incluir outros personagens. Mas isso ainda é novo", revela o ator.

Enquanto a ideia de um longa-metragem sobre Renan de Almeida (Furlan), Maurílio dos Anjos (Raul Chequer), Rogerinho do Ingá (Caíto Mainier) e Julinho da Van (Leandro Ramos) ainda está em construção, os fãs do quarteto poderão acompanhar os personagens em episódios inéditos, com um tema polêmico: cinema brasileiro.

Na nova temporada, sucessos como Central do Brasil (1998), Cidade de Deus (2002), Bacurau (2019), Aquarius (2016)  e a filmografia do cineasta Glauber Rocha (1939-1981) serão assuntos entre os "pilotos" em 12 episódios. A estreia abordará os longas Tropa de Elite 1 e 2, ambos dirigidos por José Padilha (Narcos).

Para os protagonistas, a ideia de fazer uma temporada temática com cinema nacional veio em bom momento, já que os cinemas estão com títulos internacionais limitados devido à pandemia de Covid-19.

"Nós já fizemos de tudo, desde grandes lançamentos a filmes do Temperatura Máxima. Agora é um tema livre, mas dentro de cinema nacional. Dentro do momento que estamos vivendo, foi uma ideia muito boa. O cinema mundial está devagar por causa da pandemia, então foi uma janela boa para usarmos o tema", explicou Furlan.

DIVULGAÇÃO/CANAL BRASIL

Rogerinho (no fundo), Maurílio, Juninho e Renan

Segundo Mainier, a seleção dos títulos a serem discutidos na nova temporada foi baseada em filmes com grande alcance e que poderiam render boa repercussão.

"A gente precisava falar de filmes de sucesso e com bom alcance, como Tropa de Elite e Bacurau. Filmes com sucesso recente seriam emblemáticos, e nós não conseguimos falar na época da Globo. Colocamos também filmes que nós gostamos e outros que seriam interessantes de falar, como os de Glauber Rocha. O Maurílio é fã do Glauber", conta.

Popular por comentários irônicos sobre filmes e artistas famosos, o Choque de Cultura nunca foi "cancelado" nas redes sociais. Para Leandro Ramos, isso é fruto de um trabalho feito apenas para entreter, e não ofender.

"O cuidado [com o texto] é o melhor que nós temos. Nós colocamos o que achamos engraçado. A gente não se preocupa em sacanear as pessoas. Obviamente alguém pode se sentir sacaneado, mas nunca fazemos ou achamos legal esculachar alguém. Nós zoamos todo mundo, inclusive os que nós gostamos", diz ele.

Para exemplicar a afirmação de Ramos, Furlan compara o Choque com apresentações de stand up feitas por comediantes mundo afora.

"A gente ridiculariza filmes que a gente adora, mas os personagens, não. Eles não entendem. Pelo fato de serem personagens, não são críticas pessoais. Não somos um stand up para darmos nossa visão cômica do mundo. Dá pra todo mundo ficar tranquilo e se divertir com a visão desses quatro pilotos", afirma.

A nova temporada do Choque de Cultura estreia no Canal Brasil nesta sexta-feira (4), às 21h45.


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