CAMPANHA BENEFICENTE
REPRODUÇÃO/SBT
A diretora Daniela Beyruti, presidente do SBT, e o apresentador Silvio Santos: foco no Teleton
Publicado em 29/10/2024 - 17h31
Atualizado em 29/10/2024 - 17h33
Daniela Beyruti, presidente do SBT, revelou que não haverá homenagens oficiais a Silvio Santos (1930-2024) na próxima edição do Teleton, que vai ser realizada entre os dias 8 e 9 de novembro. A diretora explicou que o pai não gostava de explorar a imagem de pessoas que já não estão mais entre nós. "A gente não vai fazer com ele algo que ele não queria que fizesse para os outros", detalhou.
A executiva tocou brevemente no assunto durante a coletiva de imprensa da campanha beneficente nesta terça (29). "[A gente quer] tirar essa expectativa das pessoas, até porque ele já foi homenageado já nesses dias [o SBT chegou a derrubar toda a programação após a partida de seu fundador]", iniciou.
"Se ele soubesse o quão querido foi para o Brasil, seria uma coisa maravilhosa. Mas a gente quer continuar com o Teleton do jeito que [meu pai] sempre quis. Com a mesma dedicação e seriedade, o que já é uma homenagem", complementou.
Segundo Daniela, os artistas convidados para a maratona de solidariedade estão livres para prestar tributos --pessoais-- a Silvio Santos:
Quem quiser homenagear, vai homenagear. Vai ter os vídeos dele, porque não tem como não ter. Estão colocando uma carga em cima da Xuxa, pelo o que eu li, absurda. 'A Xuxa vai ser responsável por homenagear o Silvio', não. Acho que é bem menos do que isso. O que a gente quer é manter o Teleton vivo, cheio de vida, cheio de alegria, como ele fez nesses 26 anos
"Manter o Teleton, e a gente vai por muitos e muitos anos, se Deus quiser, já é uma homenagem. E o brasileiro contribuir é uma também. É a causa que ele abraçou", seguiu.
A profissional ainda revelou conversas com o pai nos bastidores sobre os planos do SBT para ter a sua própria campanha beneficente:
Ele tinha muito receio, eu lembro de conversas que eu tive com ele na mesa, de por que o SBT não fazia mais pelas pessoas. A preocupação dele é: 'como eu vou me associar a algo que eu não tenho certeza que é 100% de confiança? O brasileiro acredita e gosta muito de mim. Se eu falar pra apostar em algo que, de repente, entra em um escândalo, eu vou estar colocando a confiança que ele tem em mim em jogo'.
"Mas veio a AACD [Associação de Assistência à Criança Deficiente] e a Hebe Camargo [1929-2012] e mostraram a integridade [do projeto]. A gente continuar é uma honra a ele e ao legado dele", finalizou
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