Menu
Pesquisar

Buscar

Facebook
X
Threads
BlueSky
Instagram
Youtube
TikTok

DESRESPEITO

Sem máscara, Bolsonaro dá novo chilique e volta a atacar jornalista mulher

REPRODUÇÃO/CNN BRASIL

O presidente Jair Bolsonaro gritando enquanto fala com uma repórter em entrevista coletiva

O presidente Jair Bolsonaro falou alto com uma jornalista da CNN durante evento nesta sexta (25)

REDAÇÃO

redacao@noticiasdatv.com

Publicado em 25/6/2021 - 12h57

Pela segunda vez na semana, Jair Bolsonaro fez ataques à imprensa e teve como alvo uma repórter mulher. Na manhã desta sexta-feira (25), durante agenda em Sorocaba, no interior de São Paulo, o presidente da República foi questionado sobre a compra da vacina Covaxin pela jornalista Adriana de Luca, da CNN Brasil, e deu um chilique. Ele estava sem máscara, assim como boa parte de seus apoiadores.

"Presidente, as negociações [para a compra da vacina] continuaram depois das denúncias de irregularidades? Houve negociação depois da suposta denúncia de irregularidade?", questionou a repórter, em referência às declarações do deputado federal Luis Miranda (DEM-DF), que denunciou um suposto superfaturamento no contrato de compra dos imunizantes.

Bolsonaro, que tinha acabado de se gabar para a imprensa de que o governo dele estava realizado um ótimo de trabalho de combate à corrupção, ficou incomodado e passou a falar mais alto.

"Foi comprada a vacina? Foi comprada a vacina?", rebateu o presidente. Ao fundo, uma repórter emendou uma outra pergunta, e o presidente respondeu: "Você de novo? Você de novo? Eu não posso participar de tudo. Volta para a faculdade", disse.

A entrevista prosseguiu, e Bolsonaro alegou que ocorreu um erro no documento, pois "faltou um zero" para indicar que seriam três milhões de doses e não 300 mil. Segundo ele, seria impossível um superfaturamento de 1000% nos contratos. O chefe do Executivo justificou que a compra naquele valor não foi consumada e que o contrato foi retificado.

Já ao final da entrevista, que durou cerca de 15 minutos, Adriana de Luca voltou a perguntar sobre a negociação pelos imunizantes. O presidente rebateu. "Responda! Responda! Comprada quando?", repetiu ele, diversas vezes, até ouvir o mês de fevereiro como resposta.

Ao lado do presidente, um dos apoiadores tentou acalmá-lo, mas não teve resultado. "Peraí, pera um pouquinho", pediu o político, que prosseguiu: "Fevereiro? Onde tem vacina aqui para atender o mercado inteiro? Responda! Responda! Onde tem vacina pra ser vendida? Parem de fazer perguntas idiotas, pelo amor de Deus. Parece pergunta de...".

Uma jornalista tentou fazer uma observação, e Bolsonaro agiu com grosseria: "Você passou a sua vez já, nasça de novo você. Ridículo, ridículo! Você é empregada de onde? Pelo amor de Deus, tá. Vamos fazer perguntas inteligentes, pessoal. A gente quer salvar vidas", falou.

Na sequência, voltou a fazer a defesa da cloroquina de forma irônica e comentou que os jornalistas não poderiam falar que fizeram uso do medicamento, que não tem eficácia comprovada contra a Covid-19. A CNN cortou a fala no momento em que o presidente começou a defender o remédio.

A entrevista foi exibida dentro do Live CNN. No estúdio, o âncora Daniel Adjuto comentou sobre mais um episódio da falta de educação do presidente, que já havia chamado jornalistas da Globo de "canalhas" e falado alto com a repórter Laurene Santos, da TV Vanguarda, na última segunda-feira (21).

"O presidente respondeu as perguntas, mas fez vários ataques, mais uma vez, aos repórteres que estavam ali cumprindo o seu papel como jornalistas, como repórteres, que é o de perguntar o que for para esclarecer os fatos. Infelizmente, [Bolsonaro] não dá o tratamento adequado aos jornalistas, como a gente viu ao vivo agora", observou Adjuto.

O momento de intimidação de Bolsonaro repercutiu. Veja abaixo:

A entrevista completa pode ser vista aqui, a partir dos 22 minutos e 20 segundos:


Mais lidas


Comentários

Política de comentários

Este espaço visa ampliar o debate sobre o assunto abordado na notícia, democrática e respeitosamente. Não são aceitos comentários anônimos nem que firam leis e princípios éticos e morais ou que promovam atividades ilícitas ou criminosas. Assim, comentários caluniosos, difamatórios, preconceituosos, ofensivos, agressivos, que usam palavras de baixo calão, incitam a violência, exprimam discurso de ódio ou contenham links são sumariamente deletados.