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'ESPAÇO SEGURO'

SBT cria canal só para crianças e evita 'interferências externas' em streaming

FOTOS: JOÃO RAPOSO/SBT

Débora Gomez, Bibba Chuqui, Felipe Lago e Marianna Santos estão abraçados, na frente de um banner do +SBT com fotos de divulgação de Picapau Amarelo e de A Pracinha

Débora Gomez, Bibba Chuqui, Felipe Lago e Marianna Santos, de Picapau Amarelo, em evento do +SBT

SABRINA CASTRO

sabrina@noticiasdatv.com

Publicado em 7/8/2024 - 10h00

Assim como na televisão aberta, o SBT quer se diferenciar dos concorrentes no streaming a partir do conteúdo infantojuvenil. Além de disponibilizar as próprias novelinhas --que continuarão em outras plataformas--, a emissora produziu duas séries voltadas para esse público, além de criar um canal linear exclusivo para os pequenos. Nele, a emissora terá uma estratégia ainda mais delimitada --afinal, seu maior concorrente nesse aspecto é o YouTube.

Carolina Gazal, diretora de conteúdo multiplataforma do SBT, ressaltou que a plataforma do Google costuma ser utilizada por pais que desejam entreter os filhos, e, assim, dar conta de outras responsabilidades. O problema é que as crianças acabam sendo expostas a conteúdos impróprios nas publicidades, entregues pelo algoritmo da própria plataforma.

O +SBT se diferenciará nesse sentido. Também gratuito, ele quer ser um "espaço seguro" para a família como um todo. "Teremos conteúdo para crianças, sem intervenção de algoritmo. Ou seja, a mãe e o pai podem deixar o seu filho no sofá, assistindo à conteúdo de qualidade para a idade dele, sem se preocupar com vídeos estranhos", disse ela, no evento de lançamento da plataforma, ao qual o Notícias da TV compareceu.

"O +Criança é um canal que a gente tem um cuidado e um carinho todo especial, porque o SBT não larga das mãos das crianças. A gente está trazendo vários desenhos, a gente vai trazer conteúdo original... Mas, mais do que isso, será um canal para brincar e aprender", arrematou.

O canal linear faz parte da missão da plataforma, que se apresenta como um espaço para "deixar a vida do brasileiro melhor". Facilitar o trabalho dos pais e fornecer conteúdos de "escapismo" para toda a família, muitas vezes tomada pela vida corrida e pela ansiedade, também fazem parte disso.

Conteúdo exclusivo e original

O +SBT contará ainda com cerca de 300 filmes e séries, alguns deles em animação. Entre os projetos originais, dois também são voltados para o público infantojuvenil: A Pracinha, uma releitura de A Praça É Nossa, com novos personagens e enredos; e Picapau Amarelo, série livremente inspirada no Sítio do Picapau Amarelo, de Monteiro Lobato (1882-1948), cuja obra original entrou para domínio público em 2018.

A obra foi reformulada para se adequar aos dias atuais, mas mantendo a essência do livro e das demais adaptações audiovisuais (o Picapau Amarelo ganhou uma versão na Tupi, outra na Cultura, mais uma na Band e três na Globo, a mais recente delas em animação). Os diretores, afinal, pensaram nos pais que querem apresentar a produção aos filhos.

Uma das mudanças mais evidentes é a de tia Nastácia, interpretada agora por Bibba Chuqui. Ela será uma mulher "empoderada", que é tão dona da fazenda quanto dona Benta (Patrícia Mayo). As duas são amigas e dividem a administração, diferentemente do livro, no qual Nastácia era retratada apenas como uma cozinheira e serviçal.

O SBT, aliás, tem uma certa preocupação quanto ao anacronismo de conteúdos mais antigos. Nos resgates de programas das décadas passadas, bem como nos documentários sobre as grandes personalidades da emissora, há um aviso de que o conteúdo pode reproduzir falas "pejorativas" e "preconceituosas".

Carolina Gazal no evento de lançamento do +SBT

Carolina Gazal no evento de lançamento do +SBT

"A gente coloca um disclaimer [aviso] dizendo que esse conteúdo foi produzido de acordo com a cultura da época. As pessoas têm que enxergar e entender que, no passado, a percepção das pessoas era outra, né? O conteúdo era diferente. E não dá para a gente mudar isso, ou esconder. Não tem porque a gente esconder nada de ninguém", disse Carolina.

"Claro que se tiver alguma coisa muito grave, ou alguma coisa muito ruim... Ninguém precisa desse tipo de coisa na vida, né? Não é a nossa intenção. A curadoria tem o objetivo de trazer alegria, de emocionar, e não de causar, e não de lacrar", completou a diretora.

O conteúdo infantil do serviço de streaming, disponibilizado tanto por meio do canal linear quanto sob demanda, começará a ficar disponível a partir de 18 de agosto, data do lançamento oficial da plataforma.

Estão inclusas as novelas Carrossel (2012), Chiquititas (2013), Carinha de Anjo (2016), As Aventuras de Poliana (2018), Poliana Moça (2022) e a produção mais recente, A Caverna Encantada.

Séries animadas como Dot. (2016-2017) e Hugo & Serena também ocupam o espaço da plataforma. Picapau Amarelo conta, inicialmente, com uma temporada de 15 episódios, de 22 minutos cada. A Pracinha, por sua vez, terá duas temporadas de 10 episódios cada.

Lista de canais lineares 

Além do +Criança, a plataforma terão os canais  +Saudade, com programas antigos; +Pop, com quadros como o Famosos da Internet e o programa Casos de Família; o +Novelas, com obras como Rebelde (2004) e Pequena Travessa (2002); +Séries, com Doctor Who e The Chosen; e o +Cinema, que trabalhará com gêneros diversos a depender do dia da semana.

Também há o +Informação, com os jornalísticos da emissora, exibidos em horários alternativos, e documentários frutos de uma parceria da emissora com a BBC, além do programa Vida em Números com Aparecida Liberato, original da plataforma; o +TVZyn, com os conteúdos oriundos do canal jovem do SBT no YouTube, além de outros títulos voltado ao público juvenil, como o Programa da Maisa (2019-2020) e H2O: Meninas Sereias (2006-2010); e o +Silvio Santos, com os antigos programas do comunicador.

Cada conta do +SBT pode criar até cinco perfis diferentes. Com isso, o espectador conseguirá elaborar uma lista de vídeos e episódios com títulos personalizados. Haverá também a opção de criar perfis infantis com restrição de conteúdo para até 12 anos. Os pais podem definir limites de classificação indicativa e criar uma senha de quatro dígitos para restringir o acesso. 


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