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PRATO FEITO BRASIL

Rita Lobo só aprendeu a cozinhar aos 19 anos: 'Não sabia nem fritar um ovo'

AMANDA TROPICANA/TV GLOBO

De casaquinho e blusa vermelha, calça jeans e bolsa caramelo, Rita Lobo posa no Pelourinho, em Salvador, na Bahia

Rita Lobo visita Salvador, na Bahia, na estreia do Prato Feito Brasil, seu primeiro programa na Globo

CARLA BITTENCOURT, colunista

carla@noticiasdatv.com

Publicado em 16/11/2023 - 21h00

Nada de competição nem passo a passo para receitas elaboradas em Prato Feito Brasil, série documental em quatro episódios que marca a chegada de Rita Lobo à Globo. Após 11 anos de sucesso à frente do Cozinha Prática, no GNT, a apresentadora estreia na TV aberta com um único objetivo: defender a dieta brasileira e seu grande valor nutricional. Nada mal para quem aprendeu a cozinhar apenas aos 19 anos! "Não sabia nem fritar um ovo", revela a apresentadora.

Mas, ao contrário do que se possa imaginar, a "dieta" a que se refere Rita é a comida brasileira do dia a dia, em uma valorização do prato feito, o popular PF. "Eu sou apaixonada por arroz com feijão: essa dupla forma sempre uma combinação saborosa, saudável e é um símbolo do Brasil. Nos meus trabalhos, no Cozinha Prática, sempre tem arroz com feijão!", celebra a chef.

"O nosso jeito tradicional de comer é o máximo: é balanceado, tem a ver com a nossa história e com a nossa cultura. E a gente nem sempre se dá conta disso. Eu sempre acreditei que esse cardápio deveria ser motivo de orgulho para todos nós", diz ela.

Porém, nos últimos tempos, a apresentadora notou que o brasileiro estava se afastando de suas origens e quis falar sobre isso em sua estreia na TV aberta. "Fui percebendo que estava na hora de chamar todo mundo para me ajudar a defender a dieta brasileira. Era urgente. Porque, à medida que as pessoas vão deixando de comer arroz com feijão, a saúde da população piora. Em um país como o nosso, com tradições culinárias tão fortes, isso não faz sentido."

Como será o Prato Feito Brasil?

O programa vai viajar para Bahia, Pará, Minas Gerais e Rio Grande do Sul para unir o Brasil pela comida. A ideia de Rita Lobo é valorizar a nossa cultura, as nossas tradições e a comida de verdade. "Com diferentes pratos feitos, preparados em cozinhas de casa, em diferentes regiões do país, vamos mostrar que o tempero e o sotaque mudam, mas a estrutura do prato é sempre igual", discursa.

"Por trás do nosso prato feito tradicional tem uma fórmula de alimentação saudável. Ele une de maneira balanceada os quatro grupos alimentares que devemos comer diariamente. E conseguimos juntar pessoas incríveis pelo país, que nos ajudam a contar isso para todos os brasileiros", conta.

Há 20 anos trabalhando com a culinária brasileira e incentivando a boa alimentação, Rita Lobo sabe da importância de levar seu conhecimento para a TV aberta em um projeto inédito. E, assim como aconteceu com ela mesma, a loira quer que todos aprendam a cozinhar e a ter prazer nisso.

AMANDA TROPICANA/TV GLOBO

Rita Lobo grava Prato Feito Brasil, seu novo programa na TV

"Quando eu tinha 19 anos, aprendi a cozinhar. Não sabia nem fritar um ovo e resolvi fazer um curso de gastronomia. Eu não queria trabalhar com comida, nem ser chef. Só desejava aprender a cozinhar. E essa experiência transformou a minha vida", valoriza.

Aprender a cozinhar me trouxe muito mais do que autonomia para preparar as minhas refeições. Mudou o meu jeito de enxergar a vida. A partir dali, queria que todos os meus amigos aprendessem a cozinhar. E a minha motivação continua sendo a mesma: quero trazer as pessoas para a cozinha.

Rita assegura que quem cozinha pode fazer melhores escolhas: "É isso que espero com o Prato Feito Brasil: trazer ainda mais gente para a cozinha e transformar o dia a dia dessas pessoas para melhor. E, neste momento, lembrar as pessoas que somos mais brasileiros porque comemos arroz com feijão também pode ser útil para o país".

Prato Feito Brasil será exibido a partir de 24 de novembro, às sextas, após o Globo Repórter. A série documental em quatro episódios tem direção de Patrícia Carvalho, produção de Natália Daumas, roteiro de Luciana Tezoto e direção de gênero de Mariano Boni.


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