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Debandada

Record sofre nova fuga de elenco e vai terceirizar central de estúdios

Michel Angelo/TV Record

Paloma Duarte em Pecado Mortal, sua última novela na Record; ela já negocia com a Globo - Michel Angelo/TV Record

Paloma Duarte em Pecado Mortal, sua última novela na Record; ela já negocia com a Globo

DANIEL CASTRO

Publicado em 8/6/2015 - 5h50

A Record está passando por uma nova debandada em seu elenco. Depois de abrir mão de nomes como Simone Spoladore e Leonardo Brício, no ano passado, a emissora acaba de perder Paloma Duarte, sua maior estrela nos últimos anos, e Cristianne Fridman, autora das bem-sucedidas Chamas da Vida (2008) e Vidas em Jogo (2011). A emissora também não terá mais em seu banco de elenco Mel Lisboa, Bruno Ferrari, Cacau Melo e Telmo Martinho. Paloma já negocia seu retorno à Globo.

Enquanto assiste a um novo êxodo de artistas, a direção da Record se prepara para colocar em prática um plano de terceirização do RecNov, sua central de estúdios no Rio de Janeiro erguida sob a inspiração do Projac. Mas, diferentemente, do complexo de produção da Globo, o da Record fracassou. Seus dez estúdios estão subutilizados. Hoje, servem apenas à novela Os Dez Mandamentos. Em breve, um deles será ocupado pelo novo programa de Xuxa Meneghel.

O sonho de consumo da direção da Record é vender o RecNov, como o Notícias da TV revelou há um ano. A emissora ainda não abandonou a ideia, mas enfrenta dificuldades em achar compradores. 

Segundo um alto executivo da Record, que pede sigilo sobre sua identidade, a Record pretende terceirizar parte do RecNov assim que encerrarem as gravações de Os Dez Mandamentos, no segundo semestre. A emissora continuará usando o complexo de estúdios, com Xuxa e uma nova produção bíblica, mas irá isolar parte dos estúdios para alugá-los. Já há estudos para a construção de portarias e acessos independentes aos estúdios que forem locados.

O processo de terceirização do RecNov está sendo tocado por Marcus Vinicius Vieira, vice-presidente executivo, que controla as finanças da emissora. Vieira esteve recentemente em Los Angeles estudando o modelo de terceirização de estúdios de Hollywood.

Com a terceirização, a Record imagina que reduzirá o déficit de sua teledramaturgia. A emissora descobriu que sai mais barato fazer novelas em São Paulo, contratando produtoras independentes e alugando a preços subsidiados os estúdios de Paulínia, no interior de São Paulo. Está fazendo isso com Escrava Mãe, substituta de Os Dez Mandamentos, a cargo da Casablanca. O eventual sucesso da novela de época poderá fazer o modelo de produção ser aplicado a outras novelas futuras.

Novelas futuras que não serão mais escritas por Cristianne Fridman. Ela deixará a emissora em julho, após mais de dez anos de contrato, porque a Record não concordou em conceder o aumento salarial que ela reivindicava. O time de autores da Record passará a ter apenas dois grandes nomes: Carlos Lombardi e Marcílio Moraes.

A falta de profissionais já compromete a produção da Record. A segunda temporada de Conselho Tutelar, por exemplo, está parada porque o diretor, Rudi Lagemann, está trabalhando em Escrava Mãe. Parceira da Record na produção, a NBC/Universal Channel já aportou R$ 3 milhões no projeto.

Procurada, a Record não se manifestou sobre a terceirização do RecNov.


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