Terceirização
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Marcelo Silva, vice-presidente artístico e de programação da Record, que terceirizará produções
PAULO PACHECO
Publicado em 24/3/2015 - 5h13
Uma nova onda de demissões na Record está apavorando funcionários. A emissora dispensou na última semana 15 pessoas do setor de maquinaria e contratou uma empresa para substituir os profissionais. Os cortes devem atingir mais oito departamentos e eliminar 200 empregos nos próximos dias. O sindicato dos radialistas entrou com uma ação no MPT-SP (Ministério Público do Trabalho de São Paulo) alegando ilegalidade nas demissões.
Após receber a denúncia, o Ministério Público deu um prazo de cinco dias úteis, até a próxima sexta-feira (27), para que a Record esclareça as terceirizações e os cortes aos funcionários e sindicalistas. Caso contrário, a rede deverá recontratar os profissionais demitidos.
Segundo os sindicalistas, que têm protestado na porta da Record desde a última sexta (20), a emissora contratou uma empresa de cenografia e montagens aberta em janeiro e sem registro no órgão sindical.
A maquinaria é responsável pela montagem dos cenários. A terceirização também está prevista para os departamentos de cenografia, contrarregra, pintura, marcenaria, serralheria, tapeçaria, cenotécnica e UPJ (Unidade Portátil de Jornalismo).
Desde janeiro, a Record está enxugando as produções e trocando profissionais contratados por terceirizados. No final de 2014, estavam previstas 800 demissões em São Paulo e no RecNov, complexo de novelas da emissora, no Rio de Janeiro. Executivos da rede esperam uma redução de 20% nos investimentos em 2015. Além das demissões em São Paulo, foram realizadas cerca de 300 dispensas no Rio de Janeiro nas últimas semanas.
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