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Agora É Tarde

Rafinha Bastos admite dificuldade para atrair entrevistados

Reprodução/Band.com

Rafinha Bastos na primeira chamada do Agora É Tarde, que comandará a partir de março - Reprodução/Band.com

Rafinha Bastos na primeira chamada do Agora É Tarde, que comandará a partir de março

DANIEL CASTRO

Publicado em 11/2/2014 - 20h53
Atualizado em 12/2/2014 - 6h55

RESUMO: Rafinha Bastos sonha ter o técnico da seleção brasileira, Luiz Felipe Scolari, em sua estreia à frente do Agora É Tarde, na Band, em 11 de março. Diz que gostaria de entrevistar Ratinho e revela que já negocia com Marília Gabriela. Nega ter pensando em chamar Wanessa Camargo. E admite que terá dificuldades para receber grandes nomes no começo do talk show

Considerado pela direção da Band "superpreparado" para a função, muito mais do que Danilo Gentili, Rafinha Bastos estreia à frente do Agora É Tarde no próximo dia 11, uma terça-feira, um dia depois do primeiro programa do antecessor no SBT.

Bastos sonha ter o técnico da seleção brasileira de futebol, Luiz Felipe Scolari, o Felipão, no sofá dos convidados de seu primeiro Agora É Tarde. Revela também o desejo de entrevistar Carlos Massa, o Ratinho, do SBT, e deixa escapar que já convidou Marília Gabriela para trocar de papel, deixar de ser entrevistada e ser entrevistadora.

Todo solícito, Rafinha Bastos atendeu a jornalistas no lançamento da programação de 2014 da Band, ontem em São Paulo. Ele falou sobre como deverá ser o novo Agora É Tarde.

Pergunta - Como é que vai ser o Agora É Tarde?

Rafinha Bastos - O Agora É Tarde vai ter a minha cara, vai ter mais o meu humor, e é isso que acontece naturalmente com os talk shows.

Pergunta - Vai ser mais provocativo?

Bastos - Talvez um pouco mais provocativo. Não tem esse objetivo, mas isso com certeza, naturalmente, acontece. O objetivo do programa não é ser provocador. O talk show tem uma estrutura de diversão, simples, de final de noite, mas tem um pouco das características de quem apresenta. Então acho que fica um pouco mais irônico, um pouco mais sarcástico, mas é um talk show, é para se divertir no final de noite. Então não tem o objetivo de causar provocações como a gente fazia, por exemplo, em A Liga, que saía exatamente para provocar, para dar o nosso ponto de vista a respeito de uma série de assuntos, vivencialmente. Ali eu opino, sim, tem muita opinião através da comédia, não necessariamente eu tenho obrigação de ficar fazendo comédia 100% do tempo, mas é um barulho que eu tenho que fazer no final de noite para chamar a atenção de quem está zapeando e não querendo dormir.

Pergunta - Tem comentários de que vocês estão querendo levar Wanessa Camargo para participar.

Bastos - Cara, não. Isso não é verdade, isso não é verdade. Aliás, saiu outro dia que [queremos o] Maluf também. Nada. A gente nem conversou a respeito de convidado. Mas, cara, eu não tenho restrição a ninguém, mas ninguém foi procurado ainda. Eles sabem que eu não tenho restrição.

Pergunta - Ninguém foi procurado ainda?

Bastos - Ninguém, ninguém, de convidado ninguém.

Pergunta - Mas você já tem algum convidado dos sonhos?

Bastos - Sabe quem eu gostaria? Felipão [técnico da seleção]. Adoraria entrevistar o Felipão. É um cara que eu, toda vez que eu encontro é um cara divertido, eu gostaria muito de conversar com ele. Estava pensando nisso ontem, o Felipão seria um cara que eu adoraria estrear o programa entrevistando.

Pergunta - Qual vai ser o peso, a carga de informação e humor, que balanceamento vai ter?

Bastos - Eu acho que isso é algo que naturalmente surge diariamente, sabe? Eu acho que dependendo do que acontece no dia isso acaba se tornando... Tem dias que absolutamente não tem nenhuma informação muito relevante, a gente brinca, acho que se tem dias um pouco mais informativos, por exemplo. Eu escrevi um texto a respeito do nosso colega que nós perdemos em um protesto [o cinegrafista Santiago Andrade]. Isso é algo que pode surgir no programa, não através de piada, mas eu posso simplesmente falar a esse respeito. Eu quero trazer um pouco do Rafinha de A Liga para o programa também. Eu quero poder um pouco falar sobre uma série de assuntos, não com liçõezinhas de moral, mas falar abertamente a respeito de uma série de assuntos. Tem um pouco disso.

Pergunta - Mas você vai começar com stand-up, aquele formato clássico do late night?

Bastos - Isso a gente ainda está definindo. Fizemos uma série de testes. Não é à toa que os programas talk shows do mundo inteiro iniciam com um monólogo. A gente foi testando, testando, testando e é um formato que é inevitavelmente a gente cai aí. Agora, dentro do monólogo tem uma série de possibilidades, é VT, brincadeira com vídeo, com foto, comentário, é um editorial num dia. A gente não quer tornar o programa algo imutável, a gente quer que ele tenha flexibilidade dependendo do que acontece.

Pergunta - Já tem a data da estreia?

Bastos - Não tem. Eu acho que o [Diego] Guebel [diretor artístico da Band] falou em 10, 11 [de março], mas mesmo assim não está confirmado.

Pergunta – Provavelmente, vai ser no mesmo horário do Danilo Gentili e do Jô Soares. Como vai ser essa competição?

Bastos - O Jô não é um pouco mais tarde? O programa na Band com certeza é da meia-noite à 1h sempre.

Pergunta – Muda tudo ali no programa? Cenário, a banda já é nova...

Bastos - Muda cenário, com certeza. Eu não sei de nada, não vi nada, eu sei que ainda está em produção, muda banda, muda até equipe de produção, mudou tudo, assim, mudou muita coisa, porque muita gente foi para o SBT, muita gente até da equipe de produção.

Pergunta - Além do Felipão, tem mais alguém que você está pensando em entrevistar?

Bastos - Ah... Não. Por enquanto, não. De verdade. Eu estava tão concentrado no formato que a gente não pensou em convidado. Convidado não é fácil. Tem uma pessoa que eu gosto muito, que tenho um carinho gigantesco, que eu gostaria muito de entrevistar, que é a Marília Gabriela, adoraria ter ela comigo lá.

Pergunta - Você fez algum convite?

Bastos - Já. Já fiz.

Pergunta - E ela topou ou não?

Bastos - Olha... está no SBT, né, essa coisa... será que dá? Eu fiz o convite, ela gostou da ideia. Mas, claro, todo mundo no Brasil é funcionário de alguma emissora, praticamente.

Pergunta - Você vai ter que fazer uma troca, né? Vai ter que ir ao SBT, à Record...

Bastos - Mas também é uma maneira de divulgar o próprio programa, né? Tem pessoas de outros canais que eu adoraria de ter ali entrevistando, o Ratinho, sabe, tem uma série de personagens que eu gostaria de ter com a gente. Mas dentro da própria Band tem pessoas muito interessantes que eu queria muito bater um papo. O próprio Datena, com quem eu fiz uma entrevista super legal pra internet, fiquei de perguntar uma série de outras coisas e não consegui. O Datena é um cara que eu me divirto muito toda vez que eu encontro, é um cara que com certeza vai estar comigo logo. Dentro da própria Bandeirantes tem muita gente que é interessante, o Luciano [do Valle], o Milton [Neves], estou bem servido ali.

Agora, acho que naturalmente, com o amadurecimento do programa, o programa também vai mostrando que é interessante, para que as pessoas passem a despertar o interesse para ir. Acho que vai demorar, talvez no começo a gente tenha que fazer uma força extra, mas depois, naturalmente, quando entenderem que o programa é legal, que tem uma pegada diferente, acho que a gente vai ganhar os entrevistados.


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