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NO CINEMA

Paulo Halm: Por onde anda ex-parceiro de Rosane Svartman em sucesso das sete?

REPRODUÇÃO/INSTAGRAM

Paulo Halm está sentado em uma cadeira, usando uma blusa amarela

Paulo Halm no Instagram: autor escreveu e dirigiu filme De Pai para Filho, em cartaz nos cinemas

CARLA BITTENCOURT, colunista

carla@noticiasdatv.com

Publicado em 30/8/2024 - 10h00

Paulo Halm ficou conhecido por ter escrito novelas de sucesso como Malhação Sonhos (2014), Totalmente Demais (2015) e Bom Sucesso (2019) --ao lado de Rosane Svartman, autora de Vai na Fé (2023). Agora, levou sua escrita leve, jovem, emocionante e profunda para as telas do cinema. É dele o texto e a direção do filme De Pai para Filho, estrelado por Juan Paiva.

Profissional do audiovisual brasileiro formado em cinema pela UFF (Universidade Federal Fluminense) e na área há 40 anos, Halm já escreveu dezenas de filmes --dramas, comédias românticas, filmes históricos, policiais, curtas e documentários. Ao longo de 12 anos na Globo, escreveu três novelas na emissora que renderam bons índices de audiência e repercussão.

"Modéstia às favas, é uma baita experiência. Então eu procuro usar essa experiencia a meu favor, sempre. Seja nos filmes, seja nas novelas, séries, o que eu fizer", disse Halm em conversa com o Notícias da TV.

Quem assiste ao filme sai falando que "parece um novelão", o que é encarado por Halm como um tremendo elogio. O longa conta a história de José (papel de Juan), um órfão engomadinho que, assim como João Pedro em Renascer, sofre com a distância paterna.

Ao saber da morte do pai, ele sai de sua cidade natal e viaja ao Rio de Janeiro para receber sua herança. Ao chegar, descobre que Machado (Marco Ricca), ex-líder da famosa banda de rock Capa Preta, já foi cremado e deixou uma urna com suas cinzas. José precisa descobrir qual era o local preferido do seu pai para jogá-las.

"Quanto a ser um novelão no bom sentido, acredito por ser um filme que trabalha com uma temática pouco usual no cinema brasileiro, que é a abordagem de sentimentos, de afetos, de amor", opinou.

"Talvez as novelas sejam, para o bem e para o mal, nosso produto audiovisual com maior impacto na vida dos brasileiros. Em cinema a gente comemora quando um filme faz um milhão de espectadores, coisa que um capítulo de novela faz 20, 30, 40 milhões de espectadores... Por dia! Fala-se muito, e sempre de forma elogiosa, da absorção da dita linguagem cinematográfica pelas novelas: 'ai, parece cinema!'. Mas quando se quer falar de um filme de forma pejorativa, é acusado de parecer novela", completou.

Dispensado de seu contrato fixo com a emissora em 2022, o escritor voltou a investir no cinema. Foi o autor do último filme do Luccas Neto, Príncipe Lu e a Lenda do Dragão, com ninguém menos que Renato Aragão, e lançou recentemente a comédia dramática que está em cartaz. O autor, no entanto, não se assustou nem um pouco com o novo modelo de trabalho que a Globo, agora, oferece à maioria de seus talentos.

"Eu sempre trabalhei como autônomo, só tive contrato e carteira assinada quando escrevi novelas, olha que coisa. E férias, 13º, peru de natal do doutor Roberto... Fiquei até um pouco mal acostumado. Mas no cinema é comum se trabalhar por obra, por filme. Você é contratado para escrever um trabalho, e pronto. Claro que ter uma estabilidade financeira ajuda muito, mas isso vale para qualquer profissão", pontuou.

'Rosane é parceira de vida'

Compadre de Rosane Svartman, com quem trabalhou diretamente em sua jornada na Globo, Paulo Halm vibrou com o sucesso de Vai na Fé --novela solo da autora-- e torce sempre pelas vitórias da amiga. A novelista, aliás, é uma das produtoras associadas do filme De Pai para Filho.

"Rosane, além de parceira de novela, é uma parceira de vida. Somos amigos há décadas, somos quase irmãos, ela é madrinha da Maria [sua filha de seis anos]. Então, estamos sempre próximos e conectados, mesmo não escrevendo coisas juntos", falou ele.

Halm ainda listou uma série de elogios à amiga e comadre: "Acho a Rosane uma artista incrível, criativa, divertida, inteligente, um ser humano admirável, amorosa, generosa ao extremo, uma mulher potente, moderna, uma trabalhadora incansável, sou fã da ruiva. A gente se divertia muito trabalhando juntos e continuamos nos divertindo, sem estar trabalhando num mesmo projeto. Se um dia voltaremos a escrever alguma novela: por que não?".

O escritor, aliás, não descarta a possibilidade de também estar à frente de um projeto solo na teledramaturgia, mas não existe nenhuma data já fechada.

"Sinceramente, não faço a menor ideia. Tenho vários projetos, alguns poderiam virar novelas, séries, também tenho um projeto novo de longa- metragem, que estou começando a buscar os recursos, mas no momento estou focado em duas coisas: lançar o De Pai para Filho e publicar meu primeiro romance, o Noir Cafuçu, uma trama policial com humor (sempre!)".


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