NO CINEMA
REPRODUÇÃO/INSTAGRAM
Paulo Halm no Instagram: autor escreveu e dirigiu filme De Pai para Filho, em cartaz nos cinemas
Paulo Halm ficou conhecido por ter escrito novelas de sucesso como Malhação Sonhos (2014), Totalmente Demais (2015) e Bom Sucesso (2019) --ao lado de Rosane Svartman, autora de Vai na Fé (2023). Agora, levou sua escrita leve, jovem, emocionante e profunda para as telas do cinema. É dele o texto e a direção do filme De Pai para Filho, estrelado por Juan Paiva.
Profissional do audiovisual brasileiro formado em cinema pela UFF (Universidade Federal Fluminense) e na área há 40 anos, Halm já escreveu dezenas de filmes --dramas, comédias românticas, filmes históricos, policiais, curtas e documentários. Ao longo de 12 anos na Globo, escreveu três novelas na emissora que renderam bons índices de audiência e repercussão.
"Modéstia às favas, é uma baita experiência. Então eu procuro usar essa experiencia a meu favor, sempre. Seja nos filmes, seja nas novelas, séries, o que eu fizer", disse Halm em conversa com o Notícias da TV.
Quem assiste ao filme sai falando que "parece um novelão", o que é encarado por Halm como um tremendo elogio. O longa conta a história de José (papel de Juan), um órfão engomadinho que, assim como João Pedro em Renascer, sofre com a distância paterna.
Ao saber da morte do pai, ele sai de sua cidade natal e viaja ao Rio de Janeiro para receber sua herança. Ao chegar, descobre que Machado (Marco Ricca), ex-líder da famosa banda de rock Capa Preta, já foi cremado e deixou uma urna com suas cinzas. José precisa descobrir qual era o local preferido do seu pai para jogá-las.
"Quanto a ser um novelão no bom sentido, acredito por ser um filme que trabalha com uma temática pouco usual no cinema brasileiro, que é a abordagem de sentimentos, de afetos, de amor", opinou.
"Talvez as novelas sejam, para o bem e para o mal, nosso produto audiovisual com maior impacto na vida dos brasileiros. Em cinema a gente comemora quando um filme faz um milhão de espectadores, coisa que um capítulo de novela faz 20, 30, 40 milhões de espectadores... Por dia! Fala-se muito, e sempre de forma elogiosa, da absorção da dita linguagem cinematográfica pelas novelas: 'ai, parece cinema!'. Mas quando se quer falar de um filme de forma pejorativa, é acusado de parecer novela", completou.
Dispensado de seu contrato fixo com a emissora em 2022, o escritor voltou a investir no cinema. Foi o autor do último filme do Luccas Neto, Príncipe Lu e a Lenda do Dragão, com ninguém menos que Renato Aragão, e lançou recentemente a comédia dramática que está em cartaz. O autor, no entanto, não se assustou nem um pouco com o novo modelo de trabalho que a Globo, agora, oferece à maioria de seus talentos.
"Eu sempre trabalhei como autônomo, só tive contrato e carteira assinada quando escrevi novelas, olha que coisa. E férias, 13º, peru de natal do doutor Roberto... Fiquei até um pouco mal acostumado. Mas no cinema é comum se trabalhar por obra, por filme. Você é contratado para escrever um trabalho, e pronto. Claro que ter uma estabilidade financeira ajuda muito, mas isso vale para qualquer profissão", pontuou.
Compadre de Rosane Svartman, com quem trabalhou diretamente em sua jornada na Globo, Paulo Halm vibrou com o sucesso de Vai na Fé --novela solo da autora-- e torce sempre pelas vitórias da amiga. A novelista, aliás, é uma das produtoras associadas do filme De Pai para Filho.
"Rosane, além de parceira de novela, é uma parceira de vida. Somos amigos há décadas, somos quase irmãos, ela é madrinha da Maria [sua filha de seis anos]. Então, estamos sempre próximos e conectados, mesmo não escrevendo coisas juntos", falou ele.
Halm ainda listou uma série de elogios à amiga e comadre: "Acho a Rosane uma artista incrível, criativa, divertida, inteligente, um ser humano admirável, amorosa, generosa ao extremo, uma mulher potente, moderna, uma trabalhadora incansável, sou fã da ruiva. A gente se divertia muito trabalhando juntos e continuamos nos divertindo, sem estar trabalhando num mesmo projeto. Se um dia voltaremos a escrever alguma novela: por que não?".
O escritor, aliás, não descarta a possibilidade de também estar à frente de um projeto solo na teledramaturgia, mas não existe nenhuma data já fechada.
"Sinceramente, não faço a menor ideia. Tenho vários projetos, alguns poderiam virar novelas, séries, também tenho um projeto novo de longa- metragem, que estou começando a buscar os recursos, mas no momento estou focado em duas coisas: lançar o De Pai para Filho e publicar meu primeiro romance, o Noir Cafuçu, uma trama policial com humor (sempre!)".
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