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ADRIANO ASSIS

Passageiro se emociona por perder voo em avião que caiu: 'Livramento de Deus'

REPRODUÇÃO/TV GLOBO

Adriano Assis, passageiro que perdeu o voo que caiu em Vinhedo (SP) por atraso e falta de informação

Adriano Assis, passageiro que perdeu o voo que caiu em Vinhedo (SP) por atraso e falta de informação

REDAÇÃO

redacao@noticiasdatv.com

Publicado em 9/8/2024 - 16h09

Logo após a queda de um avião da Voepass em Vinhedo, no interior de São Paulo, o repórter Diego Canci entrevistou para o Jornal Hoje um dos passageiros que perdeu o voo na manhã desta sexta (9). Adriano Assis, que voaria de volta para São Paulo após trabalhar em um hospital de Toledo, município próximo a Cascavel, foi impedido por um funcionário de embarcar após confundir o horário. "Eu discuti com ele, e ele salvou minha vida", declarou.

Canci abordou o homem que estava no Aeroporto de Cascavel ao telefone com familiares, visivelmente emocionado. "Dá licença, meu amigo, a gente está ao vivo no Jornal Hoje. Você estava naquele grupo que acabou não embarcando, perderam a conexão, como é que foi?", questionou o jornalista.

"Eu cheguei aqui às 9h40. A Latam estava fechada, mas o voo ia sair pela Voepass. Eu estava fazendo um trabalho no Hospital Regional de Toledo. Quando eu cheguei aqui, eu fiquei esperando para ver se abria. Normalmente, no aeroporto, sempre tem alguém ali no guichê, e não tinha ninguém", explicou Assis.

"Fiquei lá em cima tomando meu café, esperei. O microfone não falou nada, os placares também não avisaram nada sobre o voo. Quando eu desci, já era 10h30, tinha uma fila enorme aqui. Fiquei esperando. Quando deu 10h41, mais ou menos, o rapaz falou que eu não ia embarcar mais, porque era uma hora antes para o embarque", relatou. 

"Nesse momento, eu discuti com ele, e ele salvou minha vida, cara", acrescentou, quase chorando. "Eu vi que você acabou abraçando ele...", comentou o repórter. "Porque ele fez o trabalho dele. Se ele não tivesse feito o trabalho dele, talvez hoje eu não estaria dando essa entrevista aqui, desculpa", comentou.

Diego Ceci questionou se Adriano conhecia alguém que chegou a embarcar, mas por morar no Rio de Janeiro, ele não tinha relação com nenhum dos passageiros. Sua maior preocupação, naquele momento, era avisar seus familiares que estava bem. "Eu estava falando com a minha família, o pessoal deve estar ligando. Eu tava lá em cima quando o pessoal falou que o avião caiu", afirmou.

Ele chegou até a pensar que o avião tinha chances de sofrer uma queda quando foi impedido de embarcar. "Eu falei: 'pô, deve ser livramento de Deus que o avião pode cair', mas falei no momento da raiva. Esse rapaz... Eu tenho até que saber o nome dele, ele realmente salvou minha vida", continuou.

Detalhes do acidente

Na tarde de sexta (9), uma aeronave da Voepass Linhas Aéreas, com 57 passageiros e quatro tripulantes a bordo, caiu a caminho do Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. Trata-se de um avião bimotor, modelo ATR-72-500, com capacidade máxima para 68 passageiros.

Até o momento, não foram registrados sobreviventes. O trecho entre Cascavel e Guarulhos era a terceira rota do dia da aeronave, que faz parte da frota da companhia aérea Voepass, antiga Passaredo. No início do dia, ela havia deixado Ribeirão Preto, também no interior de São Paulo, rumo a Guarulhos --partindo para a cidade paranaense, de onde retornava.

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