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NA JUSTIÇA

Participante do Casamento às Cegas processa Netflix: 'Eu era uma prisioneira'

Divulgação/Netflix

Renee Poche está com expressão triste em cena do reality Casamento às Cegas

Renee Poche (à esq.) está processando a Netflix por ter arriscado sua integridade em reality

REDAÇÃO

redacao@noticiasdatv.com

Publicado em 3/1/2024 - 15h54

A veterinária Renee Poche, uma das participantes da quinta temporada do Casamento às Cegas norte-americano, está processando a Netflix e a produtora Delirium pelo tratamento recebido durante as gravações do reality show. Ela alega que foi mantida presa em um quarto de hotel e que foi obrigada a ficar a sós com seu par no programa, Carter Wall, um homem a quem acusa de ser viciado em drogas e dono de comportamento abusivo.

"Minha experiência em Casamento às Cegas foi traumática. Eu me sentia uma prisioneira e não tive recebi apoio nenhum quando falei para a equipe da Delirium que não me sentia segura", afirmou Renee à revista Variety.

"Eu tentei lidar com as emoções que senti durante um tempo e cheguei à conclusão de que precisava compartilhar o que aconteceu. Julguei que seria certo avisar outras pessoas sobre a verdade do que todos os meus colegas de elenco tiveram que suportar."

Segundo Renee, logo que ela chegou para as gravações, a equipe de Casamento às Cegas confiscou seu telefone celular, seu passaporte e sua habilitação. Ela também alega que ficou trancada no quarto, sem poder sair de lá sem a companhia de algum produtor.

O que parecia procedimento padrão em reality shows virou algo mais problemático quando ela se envolveu com Carter Wall. Ela diz que ele passou em todo o processo de audições, apesar de estar falido, desempregado e sem casa e de ser um homem violento e viciado em anfetamina e álcool. Renee diz que passou muito tempo sozinha com ele e que foi vítima de abuso.

Apesar disso, ela e Wall chegaram a ficar noivos e viajaram para o México com os outros casais formados. No entanto, o programa não deu nenhum foco ao romance e passou a impressão de que eles tinham dado certo.

Na época, a veterinária deu entrevistas falando sobre o ocorrido e especulando sobre os motivos de suas cenas terem ficado na sala de edição. Por ela ter quebrado a confidencialidade do contrato, a Delirium a processou e pediu US$ 4 milhões (R$ 19,6 milhões) de indenização. Agora, ela decidiu lutar de volta e iniciou a própria ação judicial, na qual incluiu a Netflix.

De acordo com os advogados da veterinária, Bryan Freedman e Mark Geragos, contratos de confidencialidade em reality shows são usados pelas produtoras como uma muleta para que os participantes não possam denunciar abusos. "Os acordos são ilegais e não têm nenhum efeito na lei", disse Freedman à Variety, afirmando ainda que tem mais de cem clientes que já estiveram em realities e estão prontos para lutar contra as cláusulas draconianas.

"Eu achei que os contratos eram uma pegadinha. O que a Renee sofreu é inaceitável e parte de um segredo sujo da indústria", completou Geragos. "Nós esperamos que milhares de pessoas apareçam depois que perceberem que esses acordos são não apenas ilusórios como também ilegais."

A Netflix e a Delirium não se pronunciaram sobre o processo. Mas Casamento às Cegas não é o primeiro reality da plataforma a ser envolvido em polêmicas. Em novembro, o Notícias da TV informou que participantes de Round 6: O Desafio estavam denunciando a produtora de sujeitá-los a situações abusivas (psicológico e sexual), além de manipular resultados.


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