CALADA VENCE
FABIO ROCHA/TV GLOBO
Atriz de Travessia, Cassia Kis causou desconforto com opiniões controversas sobre assuntos delicados
As recentes falas de Cassia Kis sobre relações homoafetivas, adoção e aborto causaram tanto mal-estar na Globo que a emissora achou melhor cuidar para que a atriz permaneça quieta. Nos bastidores de Travessia, a ordem é para os programas da casa não darem espaço à intérprete de Cidália na novela das nove.
O receio na emissora é de que ela volte a dar declarações polêmicas e/ou chocantes, prejudicando ainda mais a repercussão de Travessia. Até mesmo o Gshow, que é o site oficial da Globo, foi orientado a não procurar Cassia para comentar nada, nem mesmo assuntos relacionados à trama de sua personagem da história de Gloria Perez.
A orientação vale para programas como Encontro, Mais Você, Domingão com Huck e Fantástico. As produções dos dois últimos estavam com a intenção de dar voz a Cassia para ela explicar suas falas controversas, mas todos foram desencorajados a continuar com a pauta.
Cassia causou desconforto com suas opiniões sobre assuntos que envolvem escolhas das mulheres, criação dos jovens e também sobre sexualidade. A atriz de Travessia relembrou um aborto que fez nos 1980, do qual ela se arrepende.
"Ouvi falar que lá na Europa, que é tudo legalizado e espero que nos mantenhamos longe disso, eles fazem a mãe escutar o coração do bebê. Se tivesse ouvido o coração do meu filho na barriga, teria tido este filho que não tive. Eu matei o meu filho", desabafou ela na entrevista à jornalista Leda Nagle, publicada no YouTube.
Em seguida, a atriz criticou o uso de contraceptivos no país: "Para esses jovens, fazer um aborto, tomar uma pílula do dia seguinte, um anticoncepcional é muito fácil, porque eles não têm a referência do bebê, da vida dentro da barriga. Isso é grave, muito grave", disparou.
Cassia contou que uma vez convidou uma amiga católica a colocar um bebê nos braços de jovens para os quais a mulher lecionava. Sua ideia era conscientizar aquelas pessoas sobre o significado de uma vida. A atriz finalizou o discurso com outra fala preconceituosa sobre casais homoafetivos:
"Não existe mais homem e mulher, mas mulher com mulher e homem com homem, e homem com homem não dá filho, nem mulher com mulher. Como a gente vai fazer?", criticou.
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