ALL THAT DRAG
FOTOS: DIVULGAÇÃO/E! ENTERTAINMENT
Don Valentim é um dos artistas apresentados no documentário All That Drag, que estreia no canal E!
Don Valentim é um drag king: ele se define como um homem cis que faz performances como uma figura masculina na arte de se transformar. Valentim é um dos cinco artistas que têm suas histórias retratadas no documentário All That Drag, que estreia nesta quarta (23) no canal E!, às 21h50. Casado com a também drag Ginger Moon, ele conheceu a amada ao fechar uma apresentação em dupla em São Paulo.
"Eu fui convidada para performar na inauguração da Casa 1, que é uma casa de acolhimento para pessoas LGBTs, aqui de São Paulo. E eu sempre quis performar com uma drag queen homem cis: um drag king. Eu não conhecia nenhum drag king, aí eu postei no Facebook. E ele foi o primeiro a comentar. Olhei a foto e falei: 'Que gatinho'", conta Ginger.
Ela fez questão de ter beijo na apresentação, e o romance deles começou assim. "Eu era apenas um baby drag, eu já a seguia [nas redes sociais], que ela faz a parte de um coletivo de mulheres que fazem drag. Eu falei, meu Deus, queria muito, mas é muita areia para o meu caminhãozinho", recorda-se Valentim, aos risos.
Os detalhes da história do casal estão no documentário do E!, cuja proposta é mergulhar de cabeça na cena drag brasileira. Valentim explica que é drag king desde 2017 e que começou com o objetivo de explorar o universo simbólico da masculinidade porque sempre enfrentou barreiras.
"Eu vi uma oportunidade até para entender como funcionam esses mecanismos sociais de leitura de gênero e ver o que que eu precisava colocar no meu corpo para ser lido como uma figura masculina."
Mostrar a diversidade que existe dentro da arte drag é a principal investigação que All That Drag faz. A maioria das pessoas entende que ser drag queen é transformação na qual homens usam maquiagens artísticas, unhas postiças e perucas, além de roupas brilhosas e saltos altos. O programa desmistifica isso e mostra que qualquer pessoa, independentemente do gênero, raça ou sexualidade pode enveredar pela expressão artística.
Ginger Moon, por exemplo, é uma drag burlesca e trabalha com suas performances há oito anos. "Comecei a fazer drag porque eu fazia teatro e dança desde criança, e eu como uma pessoa gorda e LGBT entendi que eu nunca seria protagonista de nenhuma história que sociedade gostaria de me colocar", comenta a artista, que diz que, em vez de bater cabelo, a parte burlesca de suas performances é "bater peito".
Natasha Princess, Malayka SN e Penelopy Jean são as outras três artistas que representam estilos totalmente diferentes na expressão da arte drag do documentário. All That Drag tem 60 minutos de duração e é uma produção original E! Entertainment.
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