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DRAG ME AS A QUEEN

Drags do Brasil superam Kardashians e lideram audiência de canal da TV paga

DIVULGAÇÃO/E!

Rita Von Hunty, Penelopy Jean e Ikaro Kadoshi no lançamento da segunda temporada de Drag Me As a Queen - DIVULGAÇÃO/E!

Rita Von Hunty, Penelopy Jean e Ikaro Kadoshi no lançamento da segunda temporada de Drag Me As a Queen

GABRIEL PERLINE

Publicado em 31/10/2018 - 5h42

Fenômeno recente do canal E!, as drag queens Rita Von Hunty, Ikaro Kadoshi e Penelopy Jean conseguiram um feito inédito: superar a hegemonia de Kim Kardashian e família. À frente do reality show Drag Me As a Queen, o trio se tornou o elenco mais visto do canal e, por essa razão, renovou o contrato para duas novas temporadas, que estreiam em 2019.

"É um programa fenomenal, que teve uma audiência maior do que a das Kardashians e, por isso, passamos a exibi-lo em outros países da América Latina. No México é um fenômeno, o reality dá mais audiência do que no Brasil", explica Marcelo Coltro, vice-presidente de Marketing, Digital e Criativo do E!. "Só me falta ter a conta bancária maior que a delas [Kardashians]", brinca Penelopy Jean.

"A gente soube que a gente tinha passado as Kardashians depois de todo mundo. Toda a equipe já sabia. E a gente nem quis ir atrás de averiguar, porque o que nos importa são as histórias que apresentamos", comenta Rita Von Hunty.

"Acho muito legal, mas estou sempre mais preocupada com o processo do que com o resultado. Meu foco sempre será o que podemos fazer para melhorar a vida dessas mulheres que nos pedem conselhos de vida. O resto é consequência", completa Ikaro Kadoshi.

Embora seja definido como reality show, Drag Me As a Queen não promove nenhum tipo de competição. A cada episódio, uma mulher é submetida a um processo quase terapêutico. As apresentadoras, com suas sensibilidades, tentam explorar os medos e as inseguranças de cada participante para, em seguida, usar traços de suas personalidades para transformá-las em drag queens.

"É um programa que utiliza a arte drag como pano de fundo para falar do humano, como tratamos as mulheres na rua, em casa, no trabalho, na essência do existir. E o que nós podemos fazer enquanto existentes para melhorar a igualdade de gênero e a convivência com as mulheres e fazer com que elas tenham o devido valor no mundo", filosofa Ikaro Kadoshi.

O sucesso da primeira temporada fez o vice-presidente do canal receber inúmeros telefonemas de mulheres famosas, que lhe pediram para participar do programa. Por essa razão, decidiram criar um spin-off do reality show.

"Foram muitos telefonemas. Fiquei pensando no interesse dessas artistas e chegamos à conclusão de que o programa merecia um derivado. Criamos o Drag Me As a Queen - Celebridades, no qual dez celebridades contarão os dramas de suas vidas pessoais e profissionais enquanto viram drag queens", explica Coltro.

A segunda temporada, com anônimas, estreia em abril e terá 13 episódios. O spin-off, com celebridades, está programado para novembro de 2019.

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