Tiago Leifert está fora da Copa do Brasil; Amazon quer narração 'tradicional'

A Globo e a Amazon renovaram oficialmente o contrato para licenciamento dos direitos de transmissão da Copa do Brasil. O novo acordo é válido até 2026, a mesma duração do contrata da líder de audiência com a CBF (Confederação Brasileira de Futebol). A principal mudança no streaming será a saída de Tiago Leifert, que não narrará mais as partidas no Prime Video.

Segundo apurou o Notícias da TV, Leifert foi elogiado na função, mas a Amazon deseja uma linguagem mais próxima de uma transmissão tradicional a partir deste ano. Com isso, existe a ideia de reforçar a equipe de narradores. Rômulo Mendonça, ex-ESPN, já está acertado e também vai transmitir jogos da NBA (National Basketball League).

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A Amazon pretende ir ao mercado e trazer pelo menos mais um nome. Ao todo, o Prime Video terá direito a pouco mais de 50 jogos, muitos deles exclusivos. As transmissões começam já na primeira fase da Copa do Brasil, no fim de fevereiro. Ambas as partes devem oficializar o novo acordo nas próximas semanas.

Tiago Leifert também foi narrador de jogos da Copa do Mundo do Catar pelo Globoplay, serviço de streaming da Globo. O jornalista só não fez a final entre Argentina e França, vencida pelo país vizinho, pois precisou acompanhar sua filha Lua, que está em tratamento contra um câncer raro.

O acordo entre Globo e Amazon irá ajudar a emissora a fechar a conta da Copa do Brasil. O Notícias da TV apurou que a Globo vai pagar um valor na casa de R$ 520 milhões fixo, com bônus de metas e desempenho de vendas publicitárias que podem fazer o contrato chegar a R$ 600 milhões por ano.

Ou seja, em quatro temporadas, a emissora líder deverá desembolsar até R$ 2,4 bilhões pelo torneio mais valorizado do país. A Amazon deve pagar boa parte deste valor, até por ter as suas finanças em dólar, que está mais valorizado que o real. 

Por isso o licenciamento de partidas para a Amazon é importante. A líder de audiência deseja pagar menos do desembolsou nos últimos anos, algo perto de R$ 350 milhões por ano. O SBT também teve interesse no torneio e sinalizou uma proposta bruta maior para a CBF, na casa de R$ 540 milhões.

A rede de Silvio Santos queria o torneio na TV aberta e renegociaria os jogos para outras mídias. Os bônus e a relação histórica com a Globo foram trunfos para esse novo contrato. Os jogos serão utilizados para fortalecer ainda mais a programação do SporTV, canal esportivo pago do grupo.