Morre Helena de Grammont, repórter que lutou pela prisão de cantor que matou irmã

Helena de Grammont, que atuou como repórter na TV Globo durante uma década, morreu nesta quinta (27), aos 74 anos, em São Paulo. A informação foi confirmada por sua sobrinha, Liliane de Grammont, e a causa da morte não foi revelada.  A jornalista ficou conhecida por uma tragédia pessoal envolvendo o assassinato da irmã, Eliane –morta pelo cantor Lindomar Castilho, do sucesso Você É Doida Demais.

Helena nasceu em Botucatu, interior do estado de São Paulo. Ela começou a carreira como bancária, mas não demorou muito para migrar para o jornalismo. O irmão dela era editor na Globo. 

Nos anos 1980, sua irmã, Eliane, foi assassinada aos 26 anos pelo ex-marido, Lindomar Castilho, um cantor de grande sucesso na época. Inconformado com a separação, ele entrou na boate onde ela se apresentava e atirou.

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Helena foi responsável por organizar passeatas exigindo justiça em nome da familiar, e Lindomar foi condenado a 12 anos de prisão.

Na carreira jornalística, a repórter ficou marcada por atuar na denúncia e cobertura da cooptação de menores pela seita do reverendo Moon (1920-2012) pelo Fantástico. Considerado um messias, ele assegurava agir por mandato divino e sob os ensinamentos da Bíblia.

Helena também acompanhou de perto o drama do desaparecimento do escoteiro Marco Aurélio, em 1985, caso até hoje sem solução.

Ela se casou duas vezes --com o jornalista Odair Redondo e com comentarista esportivo Juarez Soares (1941-2019), e deixa três filhos. A jornalista estava afastada da profissão, já que aos 58 anos foi diagnosticada com Alzheimer precoce.