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Mari e as Marias: Reality é tiro no pé ou marketing genial de influenciadora?

REPRODUÇÃO/DIA TV

Família de Mari Maria no reality Mari e as Marias

Família de Mari Maria no reality Mari e as Marias; programa é o grande sucesso do YouTube

GIULIANNA MUNERATTO

giulianna@noticiasdatv.com

Publicado em 23/10/2024 - 19h00

Novo hit do YouTube, o reality Mari e as Marias já soma mais de 3,2 milhões de visualizações em seus dois primeiros episódios. A série, produzida pela Dia TV, acompanha o dia a dia da influenciadora e empresária do ramo da maquiagem e seus familiares, no maior estilo das Kardashians. Apesar de ter dado um boom na visibilidade da família, a série também as coloca cara a cara com o cancelamento.

A proposta, apesar de ser vendida como inédita, é claramente inspirada em realities do mesmo estilo que seguem o dia a dia de socialites norte-americanas. No caso, a novidade é colocar a vida pessoal de uma influenciadora de beleza brasileira à frente das câmeras. 

Ainda que Mari Maria esteja no ramo há mais de uma década, ela nunca foi tão aberta sobre sua vida pessoal quanto Virgínia Fonseca, por exemplo, que publica minuto a minuto do seu dia nas suas redes.

Seu conteúdo se limitava a vídeos de beleza, até que pouco a pouco passou a incluir seus familiares no jogo: o marido, que também é diretor de operações da sua empresa de maquiagem; os filhos, mostrando com certa cautela seu lado maternal; e até as sobrinhas, que hoje acumulam mais de 3 milhões de seguidoras juntas.

Com a criação do Mari e as Marias, ela conseguiu voltar todos os olhos para si. O reality, que estreou no começo de outubro e está entrando em sua terceira semana, parecia que não tinha muito como dar certo, até que o público abraçou de vez e passou a acompanhar os episódios ferrenhamente por conta das polêmicas levantadas na web.

Não é novidade que o alcance do programa cresceu conforme os internautas, principalmente no X, começaram a trazer à tona pautas complicadas exibidas no reality digital. No episódio que foi ao ar na última quarta (16), uma conversa entre Mari e sua mãe chamou a atenção por conta da desinformação espalhada sobre transtorno do espectro autista (TEA) e transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH).

Outro ponto que tem chamado a atenção é a relação entre Mari Maria e sua sobrinha Maria Victoria, que vai completar 15 anos. A irmã mais nova dela, Catarina Maria, deixou no ar que se sente excluída pela tia em alguns momentos, e os internautas já até a colocaram como uma vítima na história.

Repercussão

O problema mais pulsante até então é que o público brasileiro é bem diferente do norte-americano. Enquanto nos Estados Unidos uma pitada de vilania dá uma guinada ao protagonista, no Brasil, a história do coitado é mais aceita.

Em realities de confinamento como o Big Brother Brasil, os vencedores dos últimos anos foram aqueles que acabaram rejeitados por seus colegas, apontados como inimigos conforme os "heróis" eram vistos como vítimas pelos telespectadores. 

Para colocar um exemplo ainda mais próximo: Sacha Bali, de A Fazenda 16, rapidamente ganhou a simpatia do público ao se tornar o mais apontado do reality rural como rival, o que o fez ser excluído em diversos momentos.

Algumas cenas, como uma em específico em que Mari ignora Catarina, e que diz que "só via Maria Victoria" quando a mais nova pediu para ser madrinha de seu filho, já deram a ela o título de vilã nas redes sociais.

"A mulher é muito escrota com a sobrinha, meu Deus!", escreveu uma internauta no X identificada somente como Larissa. "Provavelmente é marketing, e se for, que marketing horrível", observou Mel.

Bom, ruim ou os dois?

Com o reality, Mari colocou a cara a tapa quando já tinha uma imagem limpa e muito bem aceita como influenciadora. Mas será que isso impulsionava suas vendas o suficiente?

Ainda que a vítima ganhe mais prestígio, não dá para negar que há um certo espaço para o vilão --principalmente quando há um arco de redenção. Bianca Andrade, a Boca Rosa, já deu várias pistas de como o marketing negativo fez com que ela se tornasse milionária. Mesmo sendo altamente detonada no BBB, foi sua visibilidade no reality com suas maquiagens que alavancou seu status no mundo do empresariado.

Se o convite para o Big Brother Brasil não veio, Mari foi lá e criou o próprio reality. E, ainda que com uma repercussão negativa, seu nome foi para a boca do povo. Será que a ideia, aqui, é ir ao auge do cancelamento para amenizar a situação depois? 

Tiro no pé ou não, Mari e as Marias terá uma primeira temporada com oito episódios, exibidos semanalmente até a última quarta-feira de novembro. Há pelo menos mais seis chances de levar o nome da influenciadora e da marca para o topo --positiva ou negativamente--, com um reality que, no fim das contas, entrega o drama que os internautas procuram.

"Completamente viciada no reality da Mari Maria, nossa Kardashian brasileira. Caos familiar maravilhoso por religião, política e família tradicional, tia querendo ser mãe de sobrinha, avó conservadora, nota 10!", elogiou a internauta Ana Therezo, que demonstra o pensamento de muitos outros fãs da produção.

É notório que há público para acompanhar minuciosamente cada passo dela, que tenta se lançar como uma personalidade cada vez mais pública. Mesmo com problemas, como a altamente criticada hiperexposição de crianças, há um certo fascínio por mostrar a vida de uma forma supostamente nua e crua que chama a atenção --e isso tem dado certo para a influenciadora. 


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