LIBERDADE
REPRODUÇÃO/TV GLOBO
Luciano Huck no palco do Domingão: apresentador tem carta branca para falar o que quiser
Desde que Luciano Huck assumiu o Domingão, ele raramente marca compromisso para o horário do programa. Mesmo que a atração seja gravada previamente, o marido de Angélica gosta de assistir ao dominical exatamente como o telespectador --e, claro, de olho na audiência. Quase três anos após ter assumido o lugar de Fausto Silva no horário mais nobre do fim de semana, o apresentador assume que ainda não relaxou, mas diz que se sente extremamente à vontade à frente da sua versão do Domingão.
"Domingo, quando a gente não está ao vivo, eu estou em casa, gosto de assistir na hora do programa, na hora em que as pessoas estão assistindo, se está chovendo, se está fazendo sol. Acho que até hoje eu não sei o que eu quero ser quando eu crescer (risos), mas estou muito feliz com o que está acontecendo", brinca Huck em entrevista ao Notícias da TV.
"Eu acho que... É uma enorme responsabilidade e um privilégio gigantesco você poder falar com 40 milhões de brasileiros, conversar com esses brasileiros todo domingo à noite", valoriza o comunicador.
Após conseguir homenagear Faustão e Gugu Liberato (1959-2019) na Globo, ele afirma que recebeu muita liberdade da emissora e que tem carta branca para fazer comentários sobre qualquer assunto no palco do Domingão.
"Quase três anos depois, eu estou superfeliz. Primeiro, com o time que a gente montou e que a gente tem. Segundo, com todo o apoio que a gente está tendo da TV hoje, para, sem nenhum limite, colocar no ar o que a gente acredita. É um programa em que, hoje, eu dou a minha opinião. Nunca fui limitado em dar opinião sobre qualquer assunto", admite.
"Qualquer coisa que me incomodou ao longo desses três anos, eu pude ir à televisão falar e dar a minha opinião. Porque eu sei que é alinhada com a opinião dessa casa. Então, não tem grandes problemas editoriais. Eu tenho total liberdade de criação", valoriza.
Pouco adepto dos programas ao vivo ("não há necessidade de fazer isso todo domingo, só em épocas especiais"), o apresentador costuma fazer a atração gravada, mas como se fosse "pra valer". "Gravo na quinta-feira, na hora do domingo, com relógio de break. Eu não jogo nada fora. Se aquele bloco tem 43 minutos, eu vou gravar 43 minutos. Pode estourar um ou dois, mas é gordurinha que a gente vai tirar [na edição]."
"O meu tempo de gravação é o tempo do programa. Eu sei o que eu quero fazer, eu sei o que eu gostaria de assistir. Quando eu gravo, eu já vou editando na minha cabeça um pouco as cenas que eu estou dando para o editor. Não fico jogando fita fora. Eu sei o que eu quero exibir", diz o comunicador.
Workaholic assumido, o apresentador, no entanto, sabe delegar. Ele elogia sua equipe o tempo inteiro ("tenho o dream team da TV Globo") e não se intromete onde não é chamado. Apesar de saber exatamente o que a produção está fazendo, Luciano Huck não é do tipo centralizador e credita o sucesso que faz aos profissionais que trabalham com ele. Ir para a ilha de edição fazer os cortes no Domingão? Jamais!
Apesar de nunca estar totalmente relaxado, porque sabe a pressão que é comandar o programa no dia e no horário mais disputado da TV brasileira, Luciano Huck entrega que vive uma fase de tranquilidade na emissora, depois de uma estreia pouco confortável em setembro de 2021.
"Está todo mundo jogando junto. Aquela coisa de falar Uma Só Globo, hoje, se materializou. Mesmo. Você vê isso quando a gente tem qualquer questão para resolver. Quando eu estou vendo a audiência, eu sei que tem um monte de gente preocupada com aquilo também, porque é resultado de estudo, de data, de pesquisa, de análise da concorrência, de onde é que a gente vai colocar os breaks, como é que eles vão ser. Não sinto uma angústia [para dar audiência], faz parte do nosso trabalho. A gente trabalha para que o maior número de brasileiros seja impactado positivamente com o nosso conteúdo, porque a gente trabalha muito por isso", avalia.
Depois de anos comandando as tardes de sábado à frente do Caldeirão, Luciano Huck já se adaptou às mudanças que precisou fazer para conquistar o público do dia seguinte. "Eu conversava somente com a dona Maria. Minha conversa era com ela. Ela chegava do almoço dela, sentava, e a gente tinha uma conversa com calma, eu contava uma história para ela que levava 50 minutos, e ela ficava comigo. Era uma conversa que a gente tinha. Eu realmente sentia isso", resume.
No domingo, ela está lá também, mas está o genro, a filha, aí a neta trouxe o cachorro, a vizinha veio trazer uma comida, está todo mundo sentado na sala, e as pessoas não querem muito se concentrar só numa coisa. Elas querem ver uma conversa, é uma extensão da sua sala de visita. Não é uma conversa só nós dois, tem mais gente, eu tenho que fazer parte, eu tenho que entrar naquela sala.
O apresentador faz outra analogia para escolher entre estar no ar aos sábados ou aos domingos. "O sábado é incrível, mas eu faço uma comparação. Meu ciclo no Caldeirão foi muito virtuoso, foi muito bacana. Mas eu comparo com ir a um jogo no Pacaembu. Eu adoro assistir ao Corinthians no Pacaembu. Ele é confortável, fácil de parar o carro, você tem as árvores ali, você sai dali e você vai até uma pracinha. É uma delícia. Agora, vem ver um jogo, vem ver a final dos Jogos Olímpicos no Maracanã cheio. Também é futebol, é o mesmo esporte, mas é outra coisa. É outra emoção, é outra vibração", comparou.
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