Chiquinho
Divulgação
Edílson Oliveira, o Chiquinho, com uniforme da PM da Bahia, em ação contra o tráfico
FERNANDA LOPES
Publicado em 11/10/2017 - 5h20
Edílson Oliveira não tem mais emprego fixo na TV há seis anos, mas seu personagem mais famoso, o Chiquinho, continua vivo. O apresentador de 53 anos, que foi colega de Eliana em programas infantis do SBT e da Record, mora em Lauro de Freitas, na Bahia, e continua a se apresentar como Chiquinho em shows infantis e projetos sociais no interior do Estado. Ele participa, por exemplo, de campanhas contra o tráfico de drogas e de prevenção a doenças transmitidas pelo mosquito da dengue.
"Sou o mascote do Proerd (Programa Educacional de Resistência às Drogas) aqui na Bahia. É um projeto que previne e combate a ação de traficantes com as nossas crianças. Temos cartilhas, desenhos e conversas. Tenho feito esse trabalho nas escolas e prefeituras", explica.
"Outro trabalho que faço é o combate à dengue e ao chikungunya. [Nas apresentações], Entra o Chiquinho como agente de saúde trapalhão, um agente [real] e o mosquito transmissor. Através dessa brincadeira, a gente mostra como as pessoas têm que combater isso. Quando você brinca falando sério, elas pegam muito mais rápido", acredita.
Além dos projetos sociais, Edílson divide sua carreira entre shows, vídeos para o YouTube e um concurso de música gospel que organiza, o The Gospel Kids (versão evangélica e baiana do The Voice Kids).
"Já fizemos em oito cidades. Uma coisa é você copiar e ficar ridículo. Outra coisa é fazer uma alusão, que acho válido, e chamar o público. O Chiquinho gosta de parodiar, mas sempre no bom senso", defende.
divulgação/sbt
Oliveira como manipulador de fantoches no programa Festolândia, o primeiro de Eliana no SBT
Na televisão, o personagem fez parte do elenco fixo de cinco programas, de 1998 a 2011, todos da Record _após 2007, ele trabalhou apenas na Record da Bahia.
Após o fim de seu contrato na emissora (porque um diretor achava que a audiência de seu programa solo estava insatisfatória), o apresentador voltou ao SBT. Atualmente, de vez em quando ele se apresenta como Chiquinho no Clube da Criança, da TV Aratu, afiliada em Salvador.
Oliveira começou a carreira no SBT em 1980, como assistente de produção. Em programas como Show da Simony e Bozo, ele interpretou personagens, manipulou fantoches e chegou a vestir a fantasia do palhaço no ar. Ele fez sucesso no Bom Dia e Cia ao dar voz a personagens como o Melocoton e acompanhou Eliana quando ela foi contratada pela Record.
Os dois se reencontraram na TV em 2014, no programa dela no SBT, e no ano passado, no especial de Dia das Crianças do Bom Dia. "Chiquinho era o suporte da Eliana. Sem ele, ela não teria chegado onde chegou hoje. Foi um casamento perfeito", afirma.
divulgação/record
Eliana e Edílson Oliveira no Eliana & Alegria, da Record; parceria entre os dois durou 13 anos
Oliveira admite que gostaria de voltar a trabalhar na cabeça-de-rede do SBT, mas acha que ainda sofre muita resistência. "Infelizmente, as pessoas não querem abrir portas. Dizem que o tempo passou, mas se fosse assim a maioria dos apresentadores que estão há décadas na TV já estariam fora. Creio que Chiquinho ainda tem muita água pra rolar", diz.
Enquanto não recebe convite do SBT, Oliveira divulga seu trabalho pelo YouTube. Influenciado pela filha adolescente, ele criou o canal Chiquinho TV, onde publica vídeos que grava em feiras, lançamentos e shows.
Longe da TV, ele acredita que agora consegue aproveitar melhor a vida pessoal, com mais tempo para os filhos e para tocar os projetos que quiser.
"Às vezes a precariedade em que a criança baiana vive é o que me motiva a fazer uma coisa diferente, voltada para o lado social, a me doar. No momento em que eu dei a pausa [na TV], posso dizer que não perdi. Ganhei o sorriso dos meus filhos, a importância de vê-los crescendo. Da mesma forma que a televisão usa você, você tem que saber usar a televisão", conclui.
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