Peluda, ex-mocinha da Globo revela ter sofrido bullying por 'bigode'

Aos 70 anos, Nívea Maria afirma que sexo na terceira idade é tão normal quanto na juventude. Ex-mocinha da Globo, ela está de volta ao ar em Tempo de Amar e revela que não tem nenhum tipo de insegurança com seu corpo. Isso é coisa do passado, da época em que sofria bullying por ser peluda. Agora, ela até dá conselho para quem fica mal com as críticas.

"Tinha um bigodinho, o que a gente chama de buço, e queriam me dar remédio,  mandavam eu tirar ou pintar. Diziam 'a Nívea tem bigode'. Eu fazia depilação só até o joelho, e do joelho para cima eu tinha muito pelo. As pessoas diziam que estava de bermuda quando viam", conta.

Ela também já foi criticada por estar acima do peso. Afirma que para esse tipo de observação a melhor resposta é dizer que está feliz assim. "Não se sintam diminuídos por isso, caminhem para a frente, porque se fechar como um caramujo não vai resolver", aconselha.

MILHÕES EM JOGO

Ana Hickmann é proibida pela Justiça de vender mansão em que morou com o ex

JUSSIE SMOLLET

Justiça anula condenação de ator de Empire por mentir sobre ataque homofóbico

Questionada se a internet colabora para gerar insegurança nos jovens, a atriz concorda e lamenta. "Um colega nosso teve um problema no Nordeste. Foi um momento de fraqueza! Quem é que nunca tomou uns goles e ficou grogue? É muita maldade apontar o dedo para o outro, e as pessoas na internet têm feito isso", diz.

Ela se refere ao episódio envolvendo o ator Fábio Assunção. Ele foi preso por desacato e dano ao patrimônio público após se alterar durante uma viagem a Arcoverde (PE), no final do mês de junho. 

Sexo na maturidade
Para a atriz, a maturidade a ajuda a ver tudo com mais discernimento. Mas ainda é necessário desmistificar a terceira idade para os jovens.

"Outro dia brincaram comigo: 'E o sexo?'. As pessoas acham que o sexo não existe aos 70 anos. Existe, sim, porque a libido não morre, mas nem por isso você precisa ter um companheiro, sexo dá para se fazer até sozinho", sugere.

reprodução/canal viva

Augusto (Mário Cardoso) com Carolina (Nívea Maria) em cena da novela A Moreninha, de 1975

De volta a uma novela de época, Nívea afirma que o amor é um assunto interessante para todas as idades e não sai de moda nunca. Mas ressalta que a trama das seis também trata de temas atuais. Basta olhar com atenção que tem violência, falta de educação e ambição de forma menos agressiva, aponta. 

A atriz conta que até hoje é chamada de Moreninha, protagonista da novela A Moreninha, de 1975. "Hoje estou mais para avó da Moreninha", diverte-se.

O protagonismo da atriz agora é outro. "Henriqueta é uma doceira que representa o amor da mulher madura por ela mesma, pelo trabalho e pela família. Uma mulher que aconchega quem chega perto. Não que ela seja uma santa, mas ela tem firmeza, experiência e dignidade muito grandes. Reflete dentro da novela o que é o tempo de amar, justamente porque ama o tempo todo", explica.