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CAROL PAIFFER

Investidora do Shark Tank revela como ser racional em meio a histórias de superação

Divulgação/Sony Channel

Carol Paiffer sorri no cenário do Shark Tank Brasil

Carol Paiffer é um dos tubarões do Shark Tank Brasil, que estreia a oitava temporada nesta segunda (18)

LUCIANO GUARALDO

luciano@noticiasdatv.com

Publicado em 18/9/2023 - 6h20

Ao longo das sete temporadas já exibidas, o reality Shark Tank Brasilrealizou o sonho de muitos empreendedores, mas também destruiu alguns deles quando nenhum dos "tubarões" topou embarcar na empreitada. Para Carol Paiffer, é preciso ter a cabeça no lugar para não deixar o lado emocional falar mais alto do que o racional e investir em uma furada apenas porque a pessoa tem uma história de vida difícil, triste ou de superação.

"Eu trabalho no mercado financeiro há 18 anos, lá é muito mais fácil, porque são literalmente só números. Você compra uma empresa, pode vendê-la a qualquer momento, não se apega. Ou seja: não constrói esse tipo de relacionamento com as pessoas", explica Carol em conversa exclusiva com o Notícias da TV para promover o oitavo ano do reality, que terá exibição antecipada no YouTube do canal Sony Channel nesta segunda-feira (18).

"No Shark Tank, muitas vezes o público fala: 'Nossa, mas aquela pessoa tem uma história linda de vida'. Mas, se você for levar a ferro e fogo, principalmente no Brasil, todo mundo vai ter uma história linda, de superação, porque empreender aqui não é fácil! Não dá para ajudar todo mundo, mesmo que todos tenham uma história inspiradora no final", sentencia a investidora.

Apesar de o lado racional de Carol falar mais alto, isso não significa que seja fácil para ela ter de recusar algumas pessoas que passam pelo reality. "Eu precisei aprender a fazer as pazes comigo mesma, desde a minha primeira temporada, para não deixar o emocional pesar", admite ela.

No decorrer dos anos, ela também aprendeu que talvez seja melhor passar a vez até em empreendimentos muito bem estruturados e com potencial de lucro altíssimo.

"Se você não for agregar ao negócio daquela pessoa, não adianta nada você entrar. Muitas vezes eu tenho vontade de investir, mas sei que não vou ser a pessoa ideal naquele momento para aquele negócio. Às vezes você vai mais atrapalhar do que ajudar, não tem o know-how daquela situação, vai acabar virando refém daquilo tudo."

Acho que a gente tem que ser muito sincero em relação a isso, de entender: 'Eu posso ajudar de fato? Isso tem a ver comigo? Isso conecta com o que eu já estou fazendo ou não?'. No fim das contas, eu não estou buscando só um negócio milionário. Para mim, importa a ideia, o negócio, o impacto que vai trazer, se aquilo se encaixa na minha tese de vida. Se a pessoa não tem um propósito, não se conecta comigo. Para ganhar dinheiro, eu posso ir na Bolsa de Valores, não preciso ser sócia de ninguém.

Carol também ressalta que, para aparecer no Shark Tank Brasil, os empreendedores já passaram por uma peneira, o que já é digno de mérito. Mas colocar o pé na sala onde as apresentações acontecem não assegura a parceria com nenhum dos tubarões.

"Se a gente for dar 'sim' para todo mundo, virou uma instituição de caridade, não um programa de investimento", aponta. "A gente não está ali para ajudar ninguém, não é uma esmola. Todos querem colaborar, investir em uma oportunidade para aquele investimento crescer."

Mesmo depois de todo o discurso, a investidora ainda assume que às vezes recebe mensagens nas redes sociais ou no próprio YouTube do Sony Channel de parte do público que não gostou de ver um ou outro projeto recusado. A resposta para os críticos é simples: "Dar pitaco todo mundo quer, mas ninguém quer trabalhar pela gente. Se você gostou tanto daquela pessoa, vai atrás dela e invista você mesmo! Não precisa só os tubarões investirem".

A oitava temporada do Shark Tank Brasil tem estreia antecipada no YouTube do Sony Channel nesta segunda (18). Os novos episódios chegam oficialmente à TV paga em 3 de outubro. 


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