PROBLEMATIZOU
REPRODUÇÃO/TV GLOBO
Paulo Vieira no É de Casa deste sábado (20): comediante problematizou a romantização do isolamento
REDAÇÃO
Publicado em 20/6/2020 - 11h09
O humorista Paulo Vieira fez uma participação ao vivo no É de Casa deste sábado (20) e criticou a pressão de aumento da produtividade no isolamento social, durante a pandemia do novo coronavírus (Covid-19). "Tem uma romantização da quarentena de que você precisa produzir, você precisa aproveitar esse tempo. Eu não tava criando nada, só tava criando bunda, como diz lá em casa", admitiu o comediante da Globo.
Patrícia Poeta questionou o colega de emissora, que apareceu por vídeochamada, sobre como foi a adaptação dele ao isolamento. "Um passarinho me contou que nos primeiros dias você ficou paralisado, que você ficou meio sem fazer nada", comentou a apresentadora.
"Eu fiquei mal, não consegui produzir nada. Falavam: 'Ah, porque o Newton criou as leis dele durante a Gripe Espanhola (1918-1920), então você precisa criar alguma coisa'. Só [fiquei] completamente no ócio e irritado", lembrou o comediante. "Depois de três semanas eu entendi: 'Bom, essa vai ser minha vida'. Foi ali que eu consegui ir me acertando", completou.
"É bom de ouvir, né, gente? Porque a gente pensa que humorista leva tudo na leveza, mas humorista também sofre", constatou Patrícia.
Estrela do quadro do Fantástico Diário do Coronga, Vieira alegou que foi o trabalho que o salvou durante a quarentena. "Teve um baque que todo mundo passou nas primeiras três semanas, todo mundo ficou: 'Meu Deus, o que que é isso, o que vai acontecer?'. [Isso durou] Até eu conseguir estabelecer a rotina dentro de casa. Eu particularmente fui salvo pelo trabalho", contou.
"Toda vez que eu posso trabalhar, que eu posso ligar uma câmera, fazer conteúdo, falar com o público eu me sinto salvo, sabe? Eu tenho certeza de que a minha quarentena tem sido mais privilegiada por isso. Pelo prazer de poder estar trabalhando", finalizou o funcionário da Globo.
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