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FALAS FEMININAS

Globo faz experimento social e expõe homens na TV: 'Tem que desenhar'

LEO ROSÁRIO/TV GLOBO

Paolla Oliveira usa vestido azul e está posando ao lado de Taís Araujo, que usa calça preta e blusa branca com detalhes pretos

Paolla Oliveira e Taís Araujo são as apresentadoras do especial Falas Femininas, no ar nesta sexta

CARLA BITTENCOURT, colunista

carla@noticiasdatv.com

Publicado em 8/3/2024 - 21h00

A Globo levou ao pé da letra a máxima "tem que desenhar" para o Dia Internacional da Mulher. Na data, comemorada nesta sexta-feira (8), a emissora exibirá o especial Falas Femininas, com um experimento social que vai expor os homens, ensiná-los e abrir os olhos das mulheres sobre assuntos como assédio, importunação sexual, exaustão, gaslighting e abandono. 

Intitulado Louca, o especial será comandado por Paolla Oliveira e Taís Araujo. O experimento consiste na captação da reação de brasileiros a simulações de situações comuns --mas não por isso menos absurdas--, vivenciadas no cotidiano de tantas pessoas. A ideia é que homens se choquem, por exemplo, ao perceber o trabalho não remunerado que as mulheres têm dentro de casa.

A diretora Antonia Prado explicou à reportagem que houve a preocupação de não "vilanizar" as pessoas por atitudes machistas, mas sim, de convidá-las à reflexão. "Muitos homens choraram quando perceberam o tamanho do trabalho da mãe ou da esposa. Pediram desculpa. A vasta maioria das brasileiras se sente sobrecarregada. E, se as mulheres estão exaustas, o que está acontecendo? A partir disso, começamos a desenvolver o tema, entendendo causas e efeitos colaterais dessa afirmação."

Outra intenção da equipe foi mostrar para as mulheres que elas não são culpadas por se sentirem exaustas. "Tudo bem você querer ter tempo livre. Tudo bem não querer cuidar do cabelo da filha hoje e deixar o pai fazer do jeito que ele souber. Isso não me faz ser menos mãe por isso", exemplificou Taís, mãe de Maria Antônia, de nove anos, e João Vicente, de 12.

Ao longo de 45 minutos, as apresentadoras conduzem o espectador por uma jornada de provocação e que desperta a reflexão da sociedade como um todo. "A gente quase que desenha as situações porque, muitas vezes, falar não adianta. Tem que desenhar mesmo", começou Paolla.

"Espero que as mulheres tomem consciência do que passam. Que elas deem o passo que elas puderem dar, grande ou pequeno. Que seja uma tomada de consciência silenciosa ainda, mas que seja. O primeiro passo para que mais coisas aconteçam", continuou ela, que se tornou um exemplo na luta contra padrões estéticos e as críticas pela boa forma na internet. 

As duas atrizes foram a primeira opção para o comando do Falas Femininas, porque a direção queria que as mulheres se sentissem representadas. "Tinham que ser boas atrizes, porque o texto desenvolvido tem nuances, ironia, doçura, força... Não é qualquer pessoa que poderia fazer", pontuou Antonia.

"Ao mesmo tempo, o público tinha que gostar, porque ali elas se colocam como apresentadoras e emprestam sua credibilidade, sua força, sua história. E Taís e Paolla conseguem dialogar com um país mesmo antes de serem atrizes, como mulheres", elogiou a diretora.


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