Lista do Fachin
Reprodução/Memória Globo
Silvia Faria, diretora de jornalismo da Globo, que cancelou todas as folgas no feriado
DANIEL CASTRO
Publicado em 11/4/2017 - 20h58
Atualizado em 12/4/2017 - 4h11
A Globo cassou no início da noite de terça-feira (11) as folgas de jornalistas no feriado prolongado da Páscoa. A medida afeta metade dos apresentadores, repórteres, produtores, editores e cinegrafistas no Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília, além da GloboNews, menos aqueles que atuam em telejornais locais. Visa reforçar a cobertura da abertura de inquérito contra ministros, senadores e deputados investigados por corrupção, determinada pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF).
A decisão, da diretora de jornalismo, Silvia Faria, deixou profissionais revoltados. Muitos deles já tinham comprado passagens e estadias em hotéis e arrumavam as malas para viajar na quinta-feira. Alguns gastaram mais de R$ 5.000 apenas com hotéis.
Os jornalistas que questionaram seus superiores foram informados de que a medida é irrevogável, sem exceções, e que a emissora não irá reembolsar valores gastos com viagens pessoais não realizadas. Dezenas de profissionais telefonaram para a ouvidoria da Globo para reclamar.
Jornalistas tentaram convencer seus superiores de que a medida pode ser inócua. Argumentaram que a lista de Esdon Fachin deve perder força no máximo até quinta-feira e que, devido ao recesso de parlamentares, não haverá quase nada para fazer na sexta-feira, no sábado e no domingo.
Nas emissoras de TV, jornais, portais de internet e revistas, as folgas em feriados são determinadas com muita antecedência. Geralmente, quem folga no Natal trabalha no Réveillon, descansa no Carnaval e volta a dar plantão na Páscoa.
A Globo também reforçou seu time em Brasília. Produtores, editores e repórteres de São Paulo e Rio de Janeiro foram enviados às pressas para o Distrito Federal no final da tarde de terça.
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