Galvão Bueno perde a fala com homenagem a Ayrton Senna: 'Me faz muita falta'

Homenageado no Domingão com Huck, Galvão Bueno recebeu depoimentos de amigos e familiares no programa da Globo deste domingo (6). O narrador chorou em diferentes momentos da atração, e uma das partes de maior emoção foi durante a exibição de um vídeo que resgatou a amizade do locutor com Ayrton Senna (1960-1994).

Galvão chegou a ficar quase um minuto em silêncio depois da reportagem exibida no dominical de Luciano Huck, com depoimento de Viviane Senna, irmã do piloto.

O narrador foi aplaudido de pé pela plateia enquanto tocava o Tema da Vitória ao fundo. "Ele me faz muita falta", disse o principal nome do Esporte da Globo, depois de se recuperar. "Eu imagino", reagiu o comandante do Domingão.

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"A Viviane representa o amor que ele tinha pelo Brasil, ele me faz muita falta. Não o maior piloto de todos os tempos, mas o amigo, o irmão, ele era o irmão mais novo que me dava conselhos. Eu era o irmão mais novo que dava conselhos", relatou Galvão.

"Se eu te disser que de vez enquanto eu bato um papo com ele, você acredita?", questionou o jornalista. "Não acredito, mas eu vou fingir que acredito porque tô na televisão. Mas eu acho ok", brincou Huck. "Tá certo que ele não responde, mas eu tenho certeza que a luz dele brilha intensamente", rebateu o locutor.

Galvão se despede na Copa

A Copa do Mundo do Catar será o último evento que Galvão Bueno trabalhará como narrador esportivo na TV. Conforme o Notícias da TV antecipou, ele deve renovar contrato com a Globo, mas não para fazer transmissão de jogos.

A emissora vai dar pelo menos um projeto em TV aberta para Galvão comandar por ano. Tudo será pensado pelo narrador e pela direção da empresa, e não necessariamente a atração será ligada ao esporte.

O jornalista começou a trabalhar na Globo em 1981, após fazer sucesso como a voz da Fórmula 1 na Band em 1980. Seu primeiro trabalho na emissora foi a narração do jogo entre Jorge Wiltersmann (BOL) e Flamengo pela Libertadores daquele ano. Cobriu as Copas do Mundo de 1982 e 1986 como segundo locutor. Também fez os Jogos Olímpicos de 1984.

Assumiu a titularidade de narração na emissora em 1987 e comandou a equipe na Copa de 1990. Em 1992, houve uma saída de dez meses para a extinta Rede OM (1982-1993), após ser convidado para ser diretor de Esportes. Naquele ano, foi o responsável por mudar a Libertadores de patamar na TV brasileira, com a exibição do primeiro título continental do São Paulo. 

Após divergências com a Rede OM, retornou à Globo no início de 1993. Fez as Copas de 1994, 1998, 2002, 2006, 2010, 2014 e 2018. Foi a voz do tetra e do pentacampeonato da Seleção Brasileira. Esteve também nas Olimpíadas de 1996, 2000, 2004, 2008, 2016 e 2021.