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Entrevista

Fátima Bernardes diz que se pune ao errar nome: 'Fico me flagelando'

Fotos Divulgação/TV Globo

A apresentadora Fátima Bernardes no cenário de seu programa, o matinal Encontro, na Globo - Fotos Divulgação/TV Globo

A apresentadora Fátima Bernardes no cenário de seu programa, o matinal Encontro, na Globo

MÁRCIA PEREIRA

Publicado em 21/8/2015 - 17h47
Atualizado em 24/8/2015 - 5h50

Com mais de 800 Encontros exibidos na Globo desde que fez sua transição do departamento de Jornalismo para o de Entretenimento, Fátima Bernardes afirma que não se envergonha de nenhuma edição do programa. Ela admite que, às vezes, passa por situações constrangedoras, mas está contente em fazer piada com algumas coisas, promover discussões relevantes e prestar serviço em outros momentos. Revela que só se pune por um motivo: errar nome de entrevistado.  

"Detesto trocar o nome do entrevistado porque você passa o programa inteiro conversando com a pessoa. E, em um ato falho de um segundo, você erra e não pode. Eu fico me flagelando. Isso me constrange, me deixa muito aborrecida", confidencia a apresentadora. Recentemente, um erro desse tipo repercutiu muito, quando a apresentadora trocou Cristiano Araújo, que acabara de morrer, pelo nome do jogador Cristiano Ronaldo.

A jornalista demonstra ter bom humor ao falar sobre os momentos constrangedores. Ela declara que os encara naturalmente, como foi o caso em que se arriscou a fazer pole dance no palco do Encontro. "Pensei que ia ficar sem jeito, nunca imaginei que iria brincar com aquilo. Pra variar, o Marcos Veras me provocou e eu pensei: 'Não dá para não ir'. As pessoas querem ver eu me divertir, e a repercussão foi ótima", comenta.

Patrimônio

Para Fátima, sua credibilidade é seu patrimônio. Ela diz que dançar e se divertir não é um problema, mas colocar algo no ar que a desabone, sim. Na sua preparação para virar apresentadora de programa de variedades, ela conta que assistiu muitos vídeos do Good Morning America, da TV americana.

"Vi um especial dos 15 anos do programa, com âncoras que fizeram entrevistas com presidentes, dançando, mostrando tombos que eles levaram no cenário, fazendo piada com o metereologista… Não é o fato de você brincar ou se divertir que vai fazer com aquilo que você fez antes seja destruído."

Fátima posa com seus companheiros Lair Rennó e Marcos Veras nos bastidores do Encontro

Por isso, Fátima declara que vai continuar se divertindo, dançando e pagando mico. Ela conta que antes de sua transição do jornalismo para o entretenimento já se soltava na dança em algumas coberturas jornalísticas. Isso começou no Carnaval. "Eu me acabava. Não sei ficar parada", comenta.

Se dançar diante das câmeras é uma regra para ela, ainda falta algum ritmo? Fátima diz que sim. "Funk de verdade nunca dancei, aquele que vai até o chão", confessa, às gargalhadas. Falta agora o Veras fazer um bom desafio, não é mesmo? Fica a dica. 

Garota-propaganda

Fátima fez apenas duas campanhas como garota-propaganda desde que deixou a bancada do Jornal Nacional, em 2011, mas revela que é muito procurada. Ela continua como a maioria dos jornalistas, sem empresário e assessor de imprensa. Sozinha, avalia as propostas e na hora de fechar um contrato conta com ajuda de um advogado.

Anunciando produtos da Seara desde fevereiro de 2014, ela conta que mesmo antes de estrear seu programa recebeu propostas de empresas para fazer publicidade. Mas preferiu focar na atração, na sua nova função, e achou que não seria legal se dividir. Seu contrato com a empresa de alimentos vai até o final deste ano.

"A primeira campanha foi passada pelo Washington Olivetto e achei que tinha a ver com o meu momento. Outras muitas propostas surgiram. Fiz uma campanha fotográfica de sapatos para a internet e veículos impressos, mas eu acho que tenho de ir com calma. Não pode ser qualquer coisa que aparecer. Esse é o critério que eu adotei", conta.

Fátima Bernardes participa de reunião de pauta do programa com produtores e diretores 

Três anos depois de mudar de área após passar 25 anos no Jornalismo, Fátima afirma que a evolução vem com o tempo. Foi assim na apresentação de telejornais e, agora, em seu programa. "Hoje estou mais tranquila, principalmente em relação à administração do tempo, e é isso que faz com que tudo pareça mais natural. O grande caminho é como eu vou usar esses 65, 70 minutos", diz.

Ela confidencia que, apesar de parecer tranquila, é uma pessoa inquieta e foi isso que a levou a mudar de área prestes a completar 50 anos. No entanto, Fátima afirma que a mudança foi uma "loucura" muito calculada. "Não troquei de empresa. Não joguei fora o que eu tinha acumulado."

A apresentadora diz que não tem ciúmes no trabalho. Por isso, se quem a substitui em suas férias faz sucesso com o público, ela agradece. "O jornalismo te dá esse aprendizado, sempre fui substituída, senão não tirava férias."

Segundo a Globo, o Encontro com Fátima Bernardes registra crescimento, ano após ano, no Painel Nacional de Televisão (PNT).  A atração ganhou mais dois pontos (alta de 29%) desde a estreia em junho de 2012 até agora. A média parcial do programa em 2015 é de nove pontos no PNT.

A atração também está no top 3 dos mais comentados na Central de Atendimento ao Telespectador (CAT). Quase 20% de todos os elogios recebidos diariamente sobre a programação da Globo são para o programa.


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