ABERTO PARA COMPRAS
Divulgação/History
Cláudio Claudino, Luciana Coutinho e Sergio Longo Junior são os experts do Aberto para Compras
Já virou chavão dizer que brasileiro não tem memória --especialmente em época de eleição. Mas, discussões políticas à parte, o programa Aberto para Compras estreia nesta segunda (22) para provar que, sim, os brasileiros têm memória. E têm muita história para contar também!
No reality show original do canal History, três especialistas em antiguidades viajam em uma kombi de São Paulo ao Rio de Janeiro e fazem paradas ao longo do caminho para descobrir tesouros locais --e, se conseguirem bons preços, para dar aquela encorpada nos seus acervos.
"Acho que fica bem claro no programa que esse mito de que o brasileiro não tem memória é mentira. As pessoas que chegam para conversar trazem objetos que têm história, e elas contam essas histórias para agregar valor. A gente sabe que existe uma carga emocional grande, né?", aponta Sergio Longo Junior, membro da Associação dos Antiquários desde os 15 anos.
Luciana Coutinho ressalta que a história do Brasil é mais recente do que a de países da Europa e da Ásia, mas que isso não a torna menos valiosa. "Por ser uma colônia, fica difícil comparar o Brasil com esses lugares que existem há não sei quantos mil anos. Por outro lado, muitas culturas, muitos imigrantes de diferentes países vieram para cá. Então, nós temos um colorido só nosso! A coisa da história, da decoração, é totalmente nossa!"
"E eu acho que ainda tem muita coisa a ser valorizada aqui no nosso país, né? A ser resgatada também, eu mesma estou aprendendo todo dia! Tem coisas que me encantam muito atualmente que são as joias de crioula, do fim da escravidão, essa joalheria nossa que ainda é pouco conhecida. E eu acho que a gente tem muito orgulho de ser brasileiro, algo que só solidifica cada vez mais esse potencial", valoriza a especialista, que herdou a paixão dos pais.
Terceiro elemento do Aberto para Compras, Cláudio José Claudino aponta que o valor da memória não está necessariamente ligada ao tempo. "O objeto pode ter 200, 300 anos, ou pode ter cem, dez, cinco... Não dá para calcular o que aquilo significa para a pessoa! E isso é muito brasileiro, as coisas são muito mais próximas de nós, acho que temos mais propriedade", compara.
Luciana, Cláudio e Sergio fazem mistério sobre as grandes aquisições que fizeram ao longo da temporada, mas dão dicas de momentos para o público prestar atenção. "Eu adquiri em Cunha, quase no final da nossa viagem, uma peça muito interessante de literatura, de arte para adultos, digamos assim (risos)", adianta a expert.
"Tive um encontro com uma pessoa irredutível, que levou sua coleção só para ficar, como dizemos, lambendo a testa. Era uma coleção relacionada ao universo sonoro, muito legal. Essa figuraça me levou lá, eu pensei que ia comprar alguma coisa, mas não levei nada daquilo! Mas foi muito divertido ter esse encontro, ver a dedicação daquela pessoa à coleção", valoriza Claudino.
"Eu não comprei, porque não foi possível, mas toquei em uma peça que o bisneto de um grande nome da nossa literatura levou. Foi lá que ele escreveu parte da sua obra", completa Longo, que aproveita para explicar a diferença do Aberto para Compras para outros programas de antiguidades:
Não focamos apenas na negociação ou na história do objeto. Nosso foco é na cultura e, principalmente, na maior arte que existe --que somos nós mesmos, os seres humanos. Então não são só as raridades das antiguidades, mas a raridade das pessoas, lidar com essas figuras é sempre interessante.
A primeira temporada do Aberto para Compras estreia nesta segunda-feira (22), às 22h10, com dois episódios situados em bairros de São Paulo, a Mooca e o Bom Retiro. A série é original do History em parceria com a FJ Produções.
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