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MATHEUS MAD

Do palmito a Mario Alberto: O que há por trás de virais do Porta dos Fundos?

REPRODUÇÃO/YOUTUBE

O ator Antonio Tabet caracterizado como o Peçanha com um megafone na mão em cena do vídeo Peçanha contra Juliette

Antonio Tabet em Peçanha Contra Juliette; ator assina roteiro do viral ao lado de Matheus MAD

DANIEL FARAD

vilela@noticiasdatv.com

Publicado em 27/2/2022 - 6h50

Matheus MAD já era fã do Porta dos Fundos quando se juntou à trupe em 2019. Na época, frases como "quer palmito?" ou "o que eu quero, Mario Alberto?" já eram patrimônios históricos da internet brasileira. De lá para cá, o roteirista acumula mais de 35 milhões de visualizações nos vídeos assinados para o canal, mas faz questão de frisar que os números não são exatamente a parte mais importante do trabalho --suado, diga-se de passagem.

Em entrevista ao Notícias da TV, o comediante explica que sequer se lembra das métricas quando senta para escrever as próximas piadas do grupo:

Eu acredito que viraliza o que é bom e, acima de tudo, o que gera identificação. Meu humor sempre passa por um lugar de tentar chegar no espectador de alguma forma em que ele se veja naquela situação ou conheça alguém que já passou por aquilo. De fato, não penso em viralização. Esse pensamento engessa o humor.

MAD está por trás de alguns dos êxitos mais recentes do Porta, como a esquete Peçanha contra Juliette, que já foi assistido mais de 2,2 milhões vezes. Ele também escreveu Alexa (1,6 milhões), sobre uma assistente de voz com sobrecarga de trabalho; e Elevador (1,6 milhões), que questiona os melhores papos para se ter nesse espaço.

"Eu sou contra as fórmulas. Todas. Existem referências que podem ajudar, mas não existem regras para serem seguidas. Não acredito que exista uma cartilha que faça o vídeo viralizar. A viralização é consequência e, se não rolar, também não deslegitima o trabalho", considera o humorista.

rudá caprilles/divulgação

O comediante Matheus Mad segura um copo de batida diante de um fundo verde

O comediante Matheus MAD

Santo remédio

Matheus explica que não há um assunto proibido para a equipe de roteiristas e que a liberdade criativa é fundamental para boas tiradas:

O Porta valoriza o trabalho autoral e confia nos profissionais. Semanalmente, todos os roteiristas entregam cerca de dois ou três textos para as reuniões de aprovação, com temática livre. Depois, os sócios sempre ajudam a crescer mais a ideia e aparam as arestas para tudo sair da melhor forma. Quando todos gostam e acreditam numa piada, aí sim a esquete é gravada.

MAD acrescenta que fazer rir sem agredir o outro, uma das máximas do grupo, é um fluxo natural para ele e os colegas:

Um roteirista preconceituoso vai ter textos preconceituosos. Sua obra diz muito mais sobre o seu 'eu' cidadão do que você imagina. Nos meus textos, sempre tento não ferir o que acredito. A minha técnica, nesse quesito, é nunca ir de encontro aos valores que eu aprendi em casa e na escola. E, sobretudo, gerar riso. Porque sem riso não tem humor.

Assista a Elevador, com roteiro de Matheus MAD para o Porta dos Fundos:


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