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CHUTE NA CADEIRA

Demitido, Amin Khader diz que foi agredido na Record: 'Não me faço de vítima'

LOURIVALRIBEIRO/SBT

Amin Khader nos estúdios do The Noite, no SBT

Em entrevista ao The Noite, Amin Khader relatou agressão vinda de apresentador da Record

IGRAÍNNE MARQUES

Publicado em 7/7/2022 - 19h21

Amin Khader relatou ter sido agredido antes de ser dispensado da Record, emissora em que esteve durante 18 anos. Em um desabafo, o humorista explicou que estava no quadro A Hora do Venenoso quando o apresentador do programa decidiu chutar sua cadeira. "Não me faço de vítima, não fui no RH, não fui na direção falar que o apresentador chutou", disse.

"Gritei um palavrão no ar, mas foi de dor. Que eu sei que ele chutou sem graça, sem motivo, sem agressão.... Não me faço de vítima e não vou fazer", continuou o artista em conversa com Danilo Gentili no The Noite. No material divulgado pelo SBT à imprensa, não há citação de nomes. O titular atual do Balanço Geral RJ é Tino Júnior.

Khader explicou que passou por muitas situações que geraram constrangimento, inclusive com Alexandre Frota. "Os tapas do Alexandre Frota [no quadro B.O.F.E. de Elite, também da Record] eram verdadeiros. Me doía. Eu pedia para não bater, tinha feito até um implante. Eu gritava de dor", contou.

O artista refletiu sobre o longo tempo em que esteve na emissora e admitiu que, diferente do que a maior parte das pessoas pensa, não conseguiu acumular uma grande quantidade de dinheiro. "Fiquei 18 anos na Record. Todo mundo pensa 'ai, tá rico'. Não, eu era PJ [pessoa jurídica], usava a firma do David Brazil, David Brazil Produções Artísticas", explicou.

"Dois anos para cá que eu virei CLT, carteira assinada", reforçou. O colaborador que é pessoa jurídica não tem direitos trabalhistas, como 13º salário e férias remuneradas. 

Bandeira gay

Homossexual, Khader explicou que só se assumiu de fato depois que os pais morreram. O artista nasceu na zona norte do Rio de Janeiro e vem de uma família de origem muçulmana e chegou a sair com mulheres.

Quando tinha 18, 19 anos, muçulmano, morando no Lins de Vasconcelos, não decepcionei meus pais. Meus pais morreram sem saber que eu era gay. Meu pai me batia muito, minha família, é triste dizer isso, mas é homofóbica. Até hoje são. Era uma vida difícil.

Ele também afirmou que, agora, mesmo na ausência dos pais, não vê sentido em levantar a bandeira gay, por ser de outra época. "Eu não levanto a bandeira gay. Hoje é muito fácil ser um ‘viadinho’. Eu quero – como eu, que vim da zona norte do Rio de Janeiro – quero ver, quando era 'viado', gay, 40 anos atrás. Hoje é muito fácil", avaliou.

"Eu não levanto a bandeira. Nem eu, nem o Ney Matogrosso. Tenho 65 anos de idade, o Ney tem 80 anos, vai levantar bandeira pra quê? Mas eu nunca vou deixar de ser gay", reforçou. 

A entrevista completa com Amin Khader no The Noite vai ao ar na madrugada de quinta (7) para sexta (8), às 0h45. 


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