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Criador da Playboy

De programa revolucionário a reality: como império de Hugh Hefner invadiu a TV

Imagens: Divulgação/Playboy

O empresário Hugh Hefner no final dos anos 1960 em apresentação de programa de TV - Imagens: Divulgação/Playboy

O empresário Hugh Hefner no final dos anos 1960 em apresentação de programa de TV

JOÃO DA PAZ

Publicado em 28/9/2017 - 13h27

O empresário Hugh Hefner morreu de causas naturais na noite da última quarta (27), em sua mansão em Los Angeles, aos 91 anos. Idealizador da Playboy, ele criou um império que ultrapassou os limites da revista e invadiu a TV, com um programa revolucionário nos anos 1950, um canal próprio e até um reality show com suas namoradas.

Todo o seu legado está registrado no documentário American Playboy: A História de Hugh Hefner, disponível na Prime Video, a plataforma streaming da Amazon, desde abril deste ano. Ao apresentar uma mistura de imagens de arquivos com cenas ficção, a produção conta toda a trajetória de Hefner em dez capítulos. O ator neozelandês Matt Whelan (Narcos) interpreta o empresário.

Lançada em 1953, a revista Playboy foi um sucesso instantâneo. O glamour estampado nas páginas da publicação atraiu a juventude da época. Hefner queria expandir seu público e mostrar, ao mesmo tempo, os bastidores do estilo de vida bon vivant que levava. Daí, veio a ideia de ir para a televisão.

Em 1959, ele estreou o Playboy’s Penthouse. Com uma câmera subjetiva (técnica na qual o público assume a posição de um personagem), o programa ousou ao abrir espaço para discutir política, livros, questões raciais e sociais, além de sexo. Deu voz também a comediantes e cantores negros talentosíssimos, como Ella Fitzgerald (1917-1996), Nat King Cole (1919-1965) e Sammy Davis Jr. (1925-1990). A atração durou duas temporadas e teve 44 episódios.

Dez anos depois, Hefner voltou à TV com um formato parecido. O Playboy After Dark também durou duas temporadas, de 1969 a 1970, e tinha a mesma pegada do programa original. A lista de celebridades convidadas era imensa, de James Brown a Tina Turner, e ele continuou a chamar comediantes de stand up para alegrar a festa.

Hefner (à esq.) ao lado de Matt Whelan em abril; ator interpretou o magnata em documentário

Canal próprio
Nos anos 1980, a Playboy já tinha se aventurado nos mais variados ramos, de clubes noturnos a gravadora de música, incluindo uma experiência ruim na produção de filmes. Mas faltava cravar um lugar para valer na TV.

Em 1982, entrou no ar o Playboy Channel na TV paga norte-americana. Com Hefner no comando de cada detalhe, o canal funcionava como uma extensão da revista: exibia reportagens sobre carros, comportamento, moda masculina e entrevistas com celebridades.

O canal ganhou uma repaginada em 1989 após ser vendido pela Playboy, que licenciou a marca para outra empresa. O nome mudou, e a nova Playboy TV ganhou mulheres nuas e programas de soft porn, gênero exibido até os dias de hoje.

Reality de sucesso
Em meados da década passada, na carona do boom de reality shows na TV, Hefner viu uma oportunidade de revigorar sua imagem e a marca da revista. No canal ideal para esse tipo de produção, o E!, lançou o The Girls Next Door (2005-2010), que acompanhava a rotina de suas namoradas dentro e fora da mansão da Playboy.

Girls Next Door chegou a ter 2 milhões de telespectadores por episódio, um dos maiores sucessos da história do E!, mesmo lar do reality da família Kardashian. A atração acabou após 91 episódios espalhados em seis temporadas.

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