QUE HISTÓRIA É ESSA, PORCHAT?
REPRODUÇÃO/GNT
O comediante Paulo Vieira no Que História É Essa, Porchat?, do canal pago GNT, nesta terça (28)
Paulo Vieira não poupou detalhes ao relembrar a pior viagem de sua vida durante o Que História É Essa, Porchat? desta terça (28). O humorista sofreu com uma maré de azar, com direito até a ficar preso na imigração do Panamá. Ele conseguiu entrar no país e, em seguida, ainda enfrentou 12 horas de tempestade dentro de um barco. "Só desgraceira", soltou.
O comediante foi convidado por Fábio Porchat para passar alguns dias em uma ilha no Caribe. "É caríssimo. A primeira pergunta que ele me fez foi: 'como você está de grana?'. Eu respondi que tinha feito umas publis, mas quando vi o valor foi chato. Mas eu tenho que ir para provar que eu tenho condição de andar com ele", brincou.
A pandemia, no entanto, dificultou os planos ao fechar parte dos portos do Panamá. Por isso, o trecho a ser percorrido de barco passou de três para doze horas. "Tinha que passar pelo Tratado de Tordesilhas, pela fossa abissal", reclamou.
Vieira contou em tom jocoso que Deus ainda enviou alguns sinais para ele desistir de embarcar:
Primeiro era o valor, depois foram as coisas dando errado. Eu e a Ilana Sales [namorada do ator] recebemos alguns amigos em casa porque íamos passar 20 dias longe. Ela foi passar o negócio no aplicativo de comida, e o cara deu um golpe nela. Ela é do Tocantins, não sabe como é a vida em São Paula. E ela só soube que foi roubada no outro dia, quando acordou com a boca inchada e falou: 'tenho um canal para fazer'
O casal levou um susto ao passar o cartão no dentista e descobrir que perdeu cerca de R$ 4 mil no golpe. "Eu comecei a infernizá-la. Amor, a vida não é uma brincadeira, a gente tem que ter responsabilidade. Foi um dia inteiro falando. Dei essa aula", comentou.
O jogo virou no aeroporto, quando a funcionária de uma companhia aérea avisou que o passaporte de Vieira estava vencido. "O santo da Ilana é forte. Eu ofereci as minhas costas, e ela muito superior: 'imagina, amor, a gente erra mesmo na vida'", soltou.
Vieira, no desespero, optou por comprar um nova passagem e tirar um passaporte de emergência. "Tem país que só aceita em caso de trabalho ou morte. E ele é diferente. É azul clarinho igual cartolina, parece feito de papel crepom, como se fosse papel de cigarro de avô", criticou.
O documento causou estranheza no funcionário da imigração no Panamá. "Fiquei preso numa salinha. E perguntei: 'quanto tempo é para ser atendido? O cara falou: 'irmão, estou aqui há três dias'. As pessoas ficam três, quatro. Um libanês estava a seis porque teve problema", lembrou.
Ele só saiu rapidamente porque um homem se sensibilizou ao ver Ilana chorando no saguão do aeroporto. "Ele ligou e liberou todo mundo. Quando ele a seguiu nas redes sociais, a gente o viu em foto com todos os presidentes dos Estados Unidos. Era um chefão do FBI", disse, surpreso.
Vieira não teve paz nem ao embarcar para o trecho marítimo até a ilha, já que eles foram apanhados por uma tormenta:
O barco sai, eu olho para o horizonte e vejo tudo preto. Ouço no rádio, em inglês, dangerous [perigoso] e storm [tempestade]. A gente pegou doze horas de chuva, eram ondas de cinco metros. Todo mundo foi dormir, mas eu não. Queria encarar a morte de frente e me agarrei a um mastro", disparou ele, que chegou são e salvo ao destino.
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