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DIOGO SURVIVE

De manada de elefantes a sol escaldante: Brasileiro sofre em Largados e Pelados

Divulgação/Discovery+

Diogo Survive nu e segurando objetos que o ajudaram a sobreviver na selva

Diogo Survive, o primeiro brasileiro a participar do Largados e Pelados norte-americano

Depois de passar por uma experiência no Largados e Pelados Brasil, Diogo Survive não se deu por satisfeito. Na temporada do programa norte-americano que estreia nesta terça-feira (30), o brasileiro vai novamente enfrentar os perigos da vida selvagem do jeito que veio ao mundo.

Capixaba de 34 anos, Diogo é ex-fuzileiro naval da Marinha e foi enviado à África do Sul para passar 21 dias sem qualquer tipo de recurso no meio da savana. Lá, ele encontrou sua parceira do desafio: Nicole, uma ex-oficial do Exército norte-americano. O que ele não esperava, porém, é que a mulher não saberia falar português, único idioma no qual é fluente. 

"Pensa no baque que foi para mim. Eu pensava assim: 'Esse inglês de escola, eu vou precisar pra quê?'", brincou o participante, em entrevista exclusiva ao Notícias da TV. "Aí vou eu para lá, a menina me manda um 'hi', e eu logo: 'Raio o quê?' (risos). Naquele hora, eu pensei: 'É, se já estava difícil aqui, agora ficou mais difícil ainda'. Foi realmente um susto ela não falar meu idioma."

DIVULGAÇÃO/DISCOVERY

Diogo Survive e Nicole

Diogo Survive e sua parceira, a norte-americana Nicole

O fato de Nicole falar apenas inglês foi algo que acabou estressando o brasileiro em alguns momentos durante a aventura na selva, porque ele era o único que se desdobrava para soltar algumas palavras em inglês.

"Nós, brasileiros, somos acolhedores. A gente gosta de se esforçar para aprender uma parada nova, uma cultura nova e um idioma novo. Gosto muito da Nicole, mas eu já sabia que o norte-americano tinha um pouco dessa mania de 'o inglês é universal, vocês que se virem'", pontua. "Eu fiquei um pouco revoltado, porque eu fui muito dedicado, né? E cadê a dedicação do outro lado? Isso me forçou um pouco, porque estava difícil para mim."

Ainda assim, não falar a mesma língua foi essencial para manter a calma e a disciplina em algumas ocasiões. "Tinham momentos em que eu falava assim: 'Quer saber? Não vou falar nada não, deixa pra lá'. Às vezes eu dava umas resmungadas em português, mas se a gente não está se comunicando, então também não tem briga", explica.

Bastidores assustadores

Para quem pensa que os participantes de Largados e Pelados têm qualquer tipo de ajuda da produção do programa durante os 21 dias em que cumprem o desafio, Diogo explica que isso não acontece. Apesar de parte da produção ficar com eles no período matutino e vespertino para fazer gravações de diferentes ângulos, eles não podem trocar uma palavra com os sobreviventes.

DIVULGAÇÃO/DISCOVERY

Diogo Survive

Diogo andando pelo solo espinhoso da África do Sul

"À noite, a gente realmente fica sozinho, então o participante do desafio tem que ter sangue frio igual eu tive em um momento em que apareceu um leão ao lado do abrigo. É acender uma fogueira, e não pode ter medo", afirma. "Desafio é desafio. Você não pode se dar o luxo de ficar com medo, você tem que se defender até a hora que aparecer alguém."

Só a gente que está lá sabe como é intenso. Se aparecer um bicho e te estraçalhar, é isso. Acabou. Você tem que saber se defender justamente por isso, porque você está sendo desafiado. Você bateu no peito e falou que consegue. Se você está com medo, tem que virar e falar enquanto tem gente lá durante o dia. Agora se você quiser pagar pra ver, vai ter que segurar a bronca.

Em determinado momento do desafio, Diogo, Nicole e a equipe precisaram sair correndo rapidamente do abrigo, porque uma manada de elefantes avançou para perto do local. "Imagina, em uma situação dessas, você ainda encontra um filhote de elefante morto no meio do mato. Você precisa sair dali às pressas. A gente é muito fraco, não tem garras, não tem presas. Não somos nada perto da natureza", desabafa.

O verdadeiro desafio

Para Diogo, as partes mais difíceis do desafio na África do Sul foram o sol escaldante, os espinhos na terra e a escassez de comida, o que fez com que ele precisasse se tornar mais um caçador do que um coletor. "A África tem alimento para caramba, mas o alimento lá está acostumado a correr de leão, não do magrelo com um arco e flecha que veio do Brasil e nunca tinha pisado lá. Cheguei a ficar dois dias sem comer nada", confessa.

DIVULGAÇÃO/DISCOVERY

Diogo e Nicole

Diogo e Nicole quando conseguiram apanhar um peixe

Em seu primeiro Largados e Pelados, Diogo passou uma temporada na Colômbia. Ele adquiriu algumas habilidades importantes durante o desafio, mas a maior delas foi a paciência e a melhoria nas interações com a colega.

"No primeiro programa, eu queria ter saído de boa com a minha parceira. Então fui para a África pensando que eu deveria fazer melhor do que na Colômbia em relação à interação social. Dar mais atenção, agradecer", explica ele. Isso deu tão certo que ele ainda mantém uma ótima relação com Nicole, que pretende vir passar uma temporada no Brasil em julho. 

O primeiro episódio da nova temporada de Largados e Pelados estreia nesta terça-feira, às 22h20, no Discovery e no streaming, o Discovery+. Além da África do Sul, os participantes enfrentarão os planaltos mal-assombrados em Chiapas, no México, um vilarejo abandonado em Botsuana, na África, e uma caverna enervante na Colômbia. Pela primeira vez o programa também traz uma mulher trans e uma pessoa com síndrome de Asperger para participar.


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