PRÉ-CANDIDATO
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José Luiz Datena em foto do Instagram; apresentador não descarta desistir de candidatura
Pré-candidato à Prefeitura de São Paulo, José Luiz Datena não descarta a possibilidade de desistir mais uma vez. O apresentador da Band, que já anunciou intenção de se candidatar nas últimas quatro eleições, afirmou que só concorrerá se o PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira) "resolver seus problemas" até sábado (27), dia marcado para a convenção que deve oficializar a chapa da agremiação.
Em entrevista à Folha de S.Paulo, Datena citou o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, para justificar que não há nada de errado em adiar sua estreia na carreira política. "Se o Biden pode desistir a qualquer momento, por que eu não posso? Desde o começo, eu falei: 'Se me sacanearem, eu desisto mesmo'", disse.
O apresentador deixou claro que ainda há discordância dentro do partido, o que pode colocar sua candidatura em risco. Ele afirmou ao jornal que está de olho na movimentação dos bastidores antes de tomar a sua decisão.
"Se continuar essa sacanagem de que o partido está conversando com outras pessoas para colocar dentro do partido sem me avisar, eu não vou ser candidato", disparou.
Em outro trecho da entrevista, o comunicador revelou que levou "tiros" dentro da própria agremiação, disse que membros preferiram apoiar Ricardo Nunes (MDB). "Boa parte do partido debandou para o Ricardo Nunes. Há alguns que trocaram a federação [PSDB-Cidadania] inteira de São Paulo. Eu fiquei sabendo depois. Mesmo assim, continuaram essas críticas idiotas, que só podem vir do intestino do partido", disparou.
Espero que até sábado o PSDB resolva seus problemas, que a gente parta para uma convenção de consenso e que as pessoas que estão no PSDB tenham certeza de que o vírus que destruiu o partido foi o da individualidade e o da vaidade.
Datena ponderou ainda que tem total intenção de ser candidato, mas voltou a alfinetar o PSDB. "Minha vontade é 10 [numa escala de zero a 0]. Se sábado eu sentir que os caras vão me encher o saco na convenção, eu não vou. Acabou", sentenciou.
O apresentador está fora do ar desde 29 de junho por causa da lei eleitoral --que proíbe candidatos de aparecerem na televisão após essa data. Mesmo assim, Datena não parou de negociar com a Band a renovação de seu contrato, que vence no fim do ano. Ele, inclusive, aceitou diminuir seu salário fixo em cerca de 70%, até o final do ano, para ajudar a situação financeira da emissora, que atravessa nova crise.
A redução do cachê foi noticiada pelo colunista Flavio Ricco, do R7, e confirmada pela reportagem com fontes na emissora e com o próprio titular do Brasil Urgente. A reportagem apurou que a economia da Band com Datena chega a R$ 500 mil mensais.
"Não é só a Band. As TVs passam por uma crise econômica, não adianta ganhar mais do que podem pagar. É a realidade. Mas podendo ajudar tá tudo certo", disse o prefeiturável ao Notícias da TV no início de julho.
Nas últimas quatro eleições, Datena anunciou sua intenção de concorrer a cargos públicos, mas não seguiu até o fim em nenhuma delas. Em 2016, ele seria candidato a prefeito pelo PP. Em 2018, tentaria uma vaga no Senado pelo DEM. Em 2020, quando era filiado ao MDB, o apresentador quase foi vice-prefeito de Bruno Covas (1980-2021). E, em 2022, pensou em concorrer ao Senado novamente, dessa vez pelo PSC.
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