PRODU
FÁBIO ROCHA/TV GLOBO
Marcos Palmeira em foto promocional de Renascer; remake levou troféu de melhor novela
O remake de Renascer (2024) pode até não ter convencido o público brasileiro, mas caiu nas graças dos críticos latinos. A novela de Bruno Luperi venceu o troféu de melhor telenovela nos Premios Produ, uma espécie de Oscar da TV na América Latina. O Brasil ainda levou outros seis prêmios na celebração, que conta com mais de 140 categorias diferentes.
Renascer superou a chilena Al Sur del Corazón, a colombiana Rigo, a espanhola Sueños de Libertad, a norte-americana Vuelve a Mí e a coprodução chilena e peruana Pituca Sin Lucas.
Foi um rara vitória para as novelas brasileiras, que não conseguiram sequer uma indicação ao Emmy Internacional deste ano. Aliás, dentre os nomeados aos Premios Produ, apenas Rigo concorre à premiação mundial --ela compete com as espanholas La Promesa e La Moderna e com a turca Safir.
A Globo ainda foi premiada no quesito melhor série histórica, política e social, com a produção Betinho: No Fio da Navalha (2023), do Globoplay. A história protagonizada por Julio Andrade bateu a chilena Los Mil Diás de Allende, a colombiana O Sequestro do Voo 601, a argentina Iosi, o Espião Arrependido e as espanholas El Marqués e Entrevías.
Na categoria melhor minissérie histórica, política e social, o Paramount+ saiu vitorioso com Anderson Spider Silva (que também concorre ao Emmy Internacional). Ela venceu a espanhola La Ley Del Mar e outras duas produções brasileiras: João Sem Deus - A Queda de Abadiânia (do Canal Brasil) e Amar É para os Fortes (do Prime Video).
Mas a história desenvolvida por Marcelo D2 para o streaming da Amazon não saiu de mãos vazias: venceu o troféu de melhor ator de minissérie de drama, entregue a Breno Ferreira. Curiosamente, ele superou William Nascimento, que viveu o lutador de MMA Anderson Silva na série do Paramount+, além de Roger Casamajor e Albert Pla (ambos de A Messias, maior campeã da edição).
No universo infantojuvenil, duas produções brasileiras foram consagradas. A segunda temporada de Mila no Multiverso (lançada sem muito alarde pelo Disney Channel) levou a melhor em melhor série infantil, categoria em que concorria com outra dupla nacional: Franjinha e Milena em Busca da Ciência, da Max e do Discovery Kids; e Luz, da Netflix.
Já Marianna Santos, estrela de Luz, foi eleita a melhor protagonista infantojuvenil, superando Rita González (La Academia), Mar Sordo (Te Amar Dói), Karol Sevilla (Sempre Fui Eu) e Renata Laveaga (STM: Seja Você Mesma).
O último prêmio para o Brasil veio na categoria melhor evento ao vivo, com o show Paul McCartney - Got Back, Ao Vivo do Maracanã, transmitido pelo Disney+ em dezembro do ano passado.
A longa lista de brasileiros que não venceram seus prêmios inclui Seu Jorge (melhor ator de comédia dramática, por How To Be a Carioca), Leticia Spiller e Lara Tremouroux (melhor atriz em série dramática, por A História Delas e Últimas Férias, respectivamente) e Malvino Salvador (melhor ator em série de ação, terror ou suspense, por Negociador).
Também foram indicados Raphael Logam (melhor ator em série dramática, por Impuros), Mariana Nunes e Tatiana Tiburcio (melhor atriz em minissérie dramática, ambas por Amar É para os Fortes), William Nascimento (melhor ator ou atriz em série biográfica, por Anderson Spider Silva) e Bia Arantes (melhor atriz coadjuvante de série dramática, por A História Delas).
A Record emplacou três indicações para a produção bíblica Reis, mas não conseguiu vencer nenhuma: Anna Lima, melhor atriz, perdeu para Verónica Orozco, de Canto para No Llorar; Petronio Gontijo, melhor ator, foi superado por Rafael Amaya, de Senhor dos Céus; e Esther de Oliveira, atriz coadjuvante, viu Mariana Di Girolamo, de Al Sur del Corazón, levar a melhor.
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