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POLÊMICA

Chico Pinheiro critica seguidores de Jair Bolsonaro por 'tentativa de censura'

REPRODUÇÃO/TV GLOBO

Chico Pinheiro apresenta o Bom Dia Brasil na última sexta-feira (30)

O âncora do Bom Dia Brasil, Chico Pinheiro, usou suas redes sociais para criticar seguidores de Bolsonaro

REDAÇÃO

Publicado em 1/9/2019 - 12h36

Âncora do Bom Dia Brasil, Chico Pinheiro usou suas redes sociais para criticar "seguidores" do presidente Jair Bolsonaro por uma "tentativa de censura" contra o humorista Gustavo Mendes em um show na cidade de Teófilo Otoni, em Minas Gerais. Desde junho do ano passado, consta nos Princípios Editoriais do Grupo Globo que os jornalistas da emissora não podem se posicionar politicamente em redes sociais.

Nesse caso, Pinheiro não demonstrou suas preferências políticas de forma direta, mas criticou os fãs do presidente ao compartilhar o vídeo em que Gustavo Mendes conta a sua versão do que aconteceu após ter expulsado pessoas que não aceitaram piadas feitas contra Bolsonaro durante uma apresentação na cidade mineira.

"Tentativa de censura em Teófilo Otono por seguidores do Bolsonaro", escreveu Chico Pinheiro em seu Twitter, em caixa alta, na noite de sábado (31). Veja a publicação abaixo:

Famoso por sua imitação da ex-presidente Dilma Rousseff, Gustavo Mendes bateu boca com espectadores de um show que ele fez sexta-feira (30) em Teófoli Otoni. O humorista mandou quem estava o vaiando deixar o teatro; diversas pessoas saíram da sala. No vídeo compartilhado por Pinheiro, o comediante se explica.

"Parte da plateia, insatisfeita com as piadas sobre Bolsonaro, se sentiu no direito de dizer o que eu posso ou não posso falar nos meus shows. E isso nunca, amiguinhos, nunca vai acontecer, porque isso se chama censura e eu não vou aceitar essa tentativa de intimidação. Principalmente vindo de pessoas que se articularam para isso", falou o humorista.

"Isso que aconteceu contra mim, infelizmente não é um privilégio meu. É uma nova onda de intimidação à liberdade de expressão: Roger Waters do Pink Floyd e Cateano foram vaiados; Miriam Leitão foi impedida de lançar seu livro numa feira; professores são filmados por alunos que se acham no direito de ser uma patrulha ideológica; e por aí vai", enumerou Mendes. Veja o vídeo abaixo:

Em entrevista ao Blog do Leo Dias publicada neste domingo (1º), o comediante disse que o movimento partiu de um grupo de 30 pessoas que foram com o objetivo de atrapalhar o show. "Sei que esse grupo é uma minoria fascista que nem representa os eleitores do Bolsonaro. Há eleitores do Bolsonaro e fascistas, que por coincidência também votaram nele", afirmou.

Chico Pinheiro x Bolsonaro

O âncora do Bom Dia Brasil compartilha em seu Twitter artigos, editoriais e notícias contra o governo de Jair Bolsonaro.

Em junho, ele quebrou o decoro que a Globo exige de seus jornalistas nas redes sociais e debochou de um erro do ministro da Educação, Abraham Weintraub. O político do governo Jair Bolsonaro escreveu "acepipes" (aperitivos) em vez de "asseclas" (adeptos) em uma publicação feita no Twitter.

De acordo com os Princípios Editoriais do Grupo Globo é vetado até mesmo que jornalistas curtam posts em rede social e façam comentários em grupos fechados de aplicativos como o WhatsApp com posicionamento político. A medida foi aplicada após um caso envolvendo o próprio Chico Pinheiro.

O âncora apresentou a edição do Jornal Nacional que noticiou a histórica prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por quem nunca escondeu sua simpatia. Na ocasião, o âncora adotou um tom de funeral --teve gente que jura que viu seus olhos marejados.

No dia seguinte, começou a circular pelo WhatsApp um áudio em que Chico Pinheiro fazia uma apaixonada defesa de Lula e criticava sua prisão. Ele nunca assumiu a autoria publicamente, mas o fez a seus superiores e colegas de TV.

Por pouco Chico Pinheiro não foi demitido nessa época. Só se safou porque isso geraria ainda mais barulho/passaria recibo, porque ele tinha acabado de renovar contrato e porque é um apresentador popular, carismático. Sua falta foi considerada tão grave quanto a de William Waack, defenestrado quatro meses antes após o vazamento de um vídeo em que proferia uma piada racista.

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