GERAÇÃO BRASIL
João Cotta/TV Globo
Lázaro Ramos e Luís Miranda em cena da novela Geração Brasil, fracasso da Globo em 2014
LUCIANO GUARALDO
Publicado em 29/8/2018 - 5h29
Maior fracasso da história das novelas da Globo, Geração Brasil (2014) encabeça a lista de produções que a emissora prefere esquecer. Mas a trama será relembrada no filme Crô em Família, que chega aos cinemas no próximo dia 6. É que a personagem Dorothy, vivida por Luís Miranda, surge em cena como uma das amigas do ex-mordomo.
No longa, o icônico Crodoaldo Valério, lançado em Fina Estampa (2011), se reúne com Dorothy e com Ferdinando (Marcus Majella), da série Vai que Cola, para tomar o que o ator Marcelo Serrado definiu como "chá das bichas". Seu Peru, revivido por Marcos Caruso na Escolinha do Professor Raimundo, também dá as caras.
"Como a gente quer que esse filme seja visto, estamos de olho no público dos longas do Leandro Hassum, da Ingrid Guimarães, e eu tive essa ideia de reunir as bichas icônicas. Então temos o Ferdinando, a Dorothy, o seu Peru...", explicou o ator durante coletiva de imprensa na terça-feira (28).
"Ia ter também o Félix [interpretado por Mateus Solano em Amor à Vida], que não pôde por outros motivos. Enfim, o chá das bichas", completou Serrado. Segundo Patrícia Kogut, do jornal O Globo, Félix foi barrado pela própria Globo, que poderia usá-lo em outra trama.
Para que personagens de obras tão diferentes se encontrassem nas telonas, a equipe de Crô em Família precisou pedir autorização para os criadores de cada um. "Todo mundo que está lá foi devidamente autorizado", contou a diretora Cininha de Paula. A lista inclui também a desbocada Bá (Niana Machado), que gritava "Piranha!" nos capítulos da série Pé na Cova (2013-2016) e ressurge em uma ponta no filme.
É Crô, mas sem Fina Estampa
Ao contrário do primeiro filme, lançado em 2013, Crô em Família desfaz qualquer relação com a novela que lançou o mordomo. Tanto que Arlete Salles, que interpretou a taxista Vilma em Fina Estampa, ressurge no longa como Marinalva, que se apresenta como a mãe biológica do personagem de Serrado.
"A novela passou já faz muito tempo, tem um público mais novo que não chegou a conhecer o Crô. Crianças que tinham três anos e agora estão com 10. Não vejo muito problema em colocar a Arlete em outro papel, porque esse filme não tem nada a ver, descolou por completo da novela. No primeiro até tinha alguma coisa, aparecia o Zoiudo [Alexandre Nero]. Agora é uma história à parte", explicou o protagonista.
Serrado também não se importa por ser reconhecido até hoje como Crô. "Isso é maravilhoso, não vejo como uma prisão. Até porque já fiz outros papéis depois. O Crô não me pertence mais, foi para o público, virou meme, isso é lindo. Mas eu procuro reviver o personagem de forma episódica, no cinema, nunca em seriado ou outra novela. Acho que ele só pode ser revisitado de vez em quando", justificou.
O ator de 51 anos, inclusive, ressalta a alegria que teve ao perceber o alcance que o ex-mordomo teve no país. "Estava gravando a novela [Velho Chico] no meio do sertão, e os caras do interior olhavam para mim e falavam: 'Olha o Crô aí'. É um personagem forte, icônico. Que ator não sonha com isso?", destacou.
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