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REPRODUÇÃO/SBT
O apresentador Ratinho no SBT; ele chegou a aparecer no programa eleitoral de Jair Bolsonaro
Um vídeo em que Ratinho supostamente critica os atos antidemocráticos em favor de Jair Bolsonaro é, na verdade, de 2018. O trecho chegou a viralizar nas redes sociais nesta terça (1º) como se fosse um recado aos manifestantes que bloqueiam as principais rodovias do país. Ele, na verdade, se referia a protestos na primeira eleição do ex-deputado --em que venceu Fernando Haddad (PT) no segundo turno.
"Terminou a eleição no domingo e hoje tinha protesto na rua por causa de política. Eu vou dizer uma coisa para você que estava fazendo protesto, não sei quem estava fazendo. Isso é coisa de imbecil. Ou vocês respeitam a democracia ou não respeitam", declarou à época.
"Você é muito imbecil que foi para rua hoje. Larga de ser manipulado. Isso é politicagem que estão fazendo nas suas costas, levam você para o meio da rua para ficar gritando", acrescentou.
"Democracia ganha a maioria, quando a maioria ganha tem que ser respeitada. Cala a boca, imbecil", arrematou ele.
O trecho rapidamente viralizou nas redes sociais, como se o apresentador estivesse falando da derrota de Bolsonaro para Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no domingo (30). "1º de novembro e cá estou eu concordando com o Ratinho", escreveu Paulinha Guerreiro, em um perfil no Instagram.
"Coisas que o bolsonarismo me obriga a fazer: concordar com o Ratinho", continuou Juliana Oliveira. "Ué, mas ele não era Bolsonaro? Pelo menos a fala foi mais eficiente que a do presidente à tarde", finalizou Michelle Santos.
Veja o trecho do programa em 2018:
Bolsonaro reconheceu a derrota pela primeira vez mais de 40 horas depois do resultado oficial. A Record chegou a derrubar a reprise de Os Dez Mandamentos para acompanhar o discurso em tempo real. A Globo, por sua vez, interrompeu a Sessão da Tarde para exibir o pronunciamento dentro de um boletim ao vivo do Jornal Hoje.
O atual presidente demorou 44 horas para reconhecer a derrota, ainda que não tenha parabenizado Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pela vitória no segundo turno. Ele sequer citou o nome do petista, criticou os bloqueios feitos por caminhoneiros e reclamou de supostas "injustiças" na campanha --sem apresentar quaisquer provas.
"Os atuais movimentos populares são fruto de indignação e sentimento de injustiça de como se deu o processo eleitoral. As manifestações pacíficas sempre serão bem-vindas, mas os nossos métodos não podem ser os da esquerda, que sempre prejudicaram a população, como invasão de propriedade, destruição de patrimônio e cerceamento do direito de ir e vir", disse o político.
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