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COMEDIANTE CRITICADO

Após irritar jornalistas com imitação de Bolsonaro, Carioca se defende: 'Humor é arte'

LUCAS RAMOS/AGNEWS

O humorista Marvio Lucio, caracterizado como Bolsonaro, durante coletiva na Record em 4 de março de 2020

O humorista Carioca, caracterizado como Bolsonaro, durante coletiva de imprensa na Record, em São Paulo

ELBA KRISS

elba@noticiasdatv.com

Publicado em 5/3/2020 - 5h17
Atualizado em 5/3/2020 - 5h18

O humorista Márvio Lúcio, o Carioca, irritou um grupo de jornalistas com sua imitação de Jair Bolsonaro, na manhã de quarta-feira (4), em Brasília. Caracterizado como Bolsonabo, ele gravou um quadro para o Domingo Espetacular, da Record, e acabou distribuindo bananas para a imprensa. A repercussão da brincadeira foi negativa. "Acho isso arte. Humor é arte", defende-se ele em entrevista ao Notícias da TV.

"Qual é o limite da arte? É polêmico, porque o presidente é polêmico", completa. O ex-Pânico esteve presente no Domingo Talks, evento promovido pela Record, em São Paulo, para divulgar a nova programação dominical. À reportagem, ele deu detalhes do seu encontro com o presidente. 

"Estou há dois dias dentro do Palácio da Alvorada gravando de Bolsonabo com ele [Bolsonaro] para fazer uma entrevista de humor. Ele gosta de humor. Falamos de muitos assuntos relevantes e divertidos. É uma entrevista divertida e informativa ao mesmo tempo", propagandeia.

Carioca viajou na manhã de quarta para Brasília, tomou café da manhã com o presidente e, em seguida, foi acompanhado dele para "falar" com os jornalistas que cobrem o Palácio do Planalto. 

Ao ser questionado sobre o PIB (Produto Interno Bruto), que teve alta de apenas 1,1% em 2019, Bolsonaro usou o comediante para se esquivar. Diante dos colegas da imprensa, Carioca pediu perguntas e tentou distribuir bananas.

A encenação com jornalistas foi sugestão do próprio ator. "Eu que pedi para ele [Bolsonaro]. Todo mundo distorce tudo. Fiz uma brincadeira. Sou humorista. Sou um palhaço", explica. "Não aprontei. Gravei um quadro de humor. Na verdade, um furo, né? É um furo, ué. Uma entrevista exclusiva com o presidente", justifica.

Inspiração em Chico Anysio

Carioca lembra o encontro de Chico Anysio (1931-2012) com o presidente João Figueiredo (1918-1999), em 1979, em Brasília, para a sua justificativa. "Ele entrou lá [no Palácio da Alvorada] e fez humor. O último humorista a entrar lá para fazer uma comédia foi o Chico", cita.

Naquele ano, Anysio com o seu Chico City (1973-1980), na Globo, fazia sucesso com a personagem Salomé, uma idosa que falava ao telefone com um rapaz chamado João Baptista. A citação era uma clara referência ao presidente.

No quadro, Anysio criticava o governo e o próprio general. Ele, por sua vez, recebeu o comediante vestido de Salomé e se divertiu com a encenação.

"E ficam fazendo esse mis-en-scène. Gente, é piada. É humor. Pelo amor de Deus", reage o mais novo contratado da Record. "Mais uma vez, reforço: é um furo. Uma puta entrevista. Mostrei [na gravação] a dona Michelle [Bolsonaro], que tomou um susto achando que eu era o Bolsonaro. Isso é real."

A entrevista de Carioca com o presidente Jair Bolsonaro será exibida no Domingo Espetacular deste domingo (8). Será a estreia do humorista na revista eletrônica. "São vários quadros. Vou fazer humor no Domingo [Espetacular]. O que tiver de assunto, a gente vai estar em cima", finaliza.

Veja como foi o encontro de Carioca e Jair Bolsonaro com os jornalistas em Brasília: 


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