Menu
Pesquisar

Buscar

Facebook
X
Instagram
Youtube
TikTok

RUI VILHENA

Após fracasso com Boogie Oogie, autor da Globo volta para a TV portuguesa

João Miguel Júnior/TV Globo

O autor Rui Vilhena no lançamento de Boogie Oogie, em 2014: único projeto solo na Globo - João Miguel Júnior/TV Globo

O autor Rui Vilhena no lançamento de Boogie Oogie, em 2014: único projeto solo na Globo

REDAÇÃO

Publicado em 24/1/2019 - 5h32

Durou pouco a passagem de um dos poucos novelistas estrangeiros da Globo. Autor de Boogie Oogie (2014), que desapontou na audiência, o escritor moçambicano Rui Vilhena está voltando para a TV de Portugal, onde assinará sua próxima trama. A dramaturgia no Brasil já é uma página virada em sua carreira.

Vilhena chegou à Globo por indicação de Aguinaldo Silva, com quem colaborou nos roteiros de Fina Estampa (2011). Antes, ele já tinha emplacado novelas na RTP e na TVI, duas das principais emissoras de Portugal.

A aposta inicial de Silva no moçambicano deu certo, e a história de Pereirão (Lilia Cabral) e Tereza Cristina (Christiane Torloni) se tornou, juntamente com Avenida Brasil (2012), a maior audiência da Globo nesta década. Vilhena foi destacado para um voo solo com Boogie Oogie, mas não conseguiu repetir o sucesso.

Estrelada por Isis Valverde, Marco Pigossi e Bianca Bin, a trama que se passava no fim dos anos 1970 teve média de apenas 17,4 pontos na Grande São Paulo, um fiasco para o patamar desejado pela Globo para suas novelas das seis.

Uma alta fonte da Globo consultada pelo Notícias da TV informou que, depois de Boogie Oogie, Vilhena chegou a apresentar duas sinopses para a emissora. Uma delas, Fora de Órbita, seria a substituta de Pega Pega (2017) na faixa das sete. Nenhuma delas, porém, foi aprovada, e o contrato dele não foi renovado.

Agora, o escritor vai voltar para a TV portuguesa: ele é cotado para escrever a próxima trama da TVI, que substituirá Valor da Vida na grade --a novela atual, de Maria João Costa, reúne nomes conhecidos do público brasileiro, como Carolina Kasting, Thiago Rodrigues e Marcello Antony.

Como fez curso superior de Comunicação Social no Brasil, o escritor acabou aprendendo o traquejo e o ritmo das novelas daqui, e usou muito dos recursos brasileiros nas tramas que escreveu na Europa.

Em Ninguém como Tu (2005), por exemplo, o autor usou e abusou do chamado "quem matou?", revelando apenas no último capítulo que Guida Martins (Sofia Aparício) havia assassinado o vilão António Calado (Nuno Homem de Sá).

Sem sucesso na Globo, Vilhena já ensaiava a volta para Portugal há algum tempo. Em 2017, deu uma entrevista para o site português N-TV em que dizia ter saudade de trabalhar em Portugal. "Um dia vou regressar. Nem acho saudável trabalhar só num mercado. Tenho saudades de trabalhar cá. Tenho muitos amigos", afirmou.

Mais lidas


Comentários

Política de comentários

Este espaço visa ampliar o debate sobre o assunto abordado na notícia, democrática e respeitosamente. Não são aceitos comentários anônimos nem que firam leis e princípios éticos e morais ou que promovam atividades ilícitas ou criminosas. Assim, comentários caluniosos, difamatórios, preconceituosos, ofensivos, agressivos, que usam palavras de baixo calão, incitam a violência, exprimam discurso de ódio ou contenham links são sumariamente deletados.