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SUSHI ERÓTICO

Antes de sair da Globo, Faustão se recusou a apresentar quadro: 'Baixaria nunca mais'

DIVULGAÇÃO/TV GLOBO

O apresentador Fausto Silva no Domingão do Faustão, com microfone numa mão e dedo em riste em outra

Fausto Silva no Domingão do Faustão (1989-2021); ele reprovou quadro erótico do programa

REDAÇÃO

redacao@noticiasdatv.com

Publicado em 7/4/2023 - 6h25

Nos anos 1990, Fausto Silva e Gugu Liberato (1959-2019) travaram uma guerra pela audiência dominical na TV. Ambos os lados apelaram para conteúdos com referências sexuais para alavancar os números --o apresentador do SBT tinha a Banheira do Gugu, e Domingão do Faustão (1989-2021) exibiu um quadro chamado Sushi Erótico. Mas a atração não agradou a Fausto Silva. "Para mim, acabou. Baixaria nunca mais", decretou. 

O Domingo Legal chegou a representar uma ameaça para a liderança da Globo no ibope nos anos 1990 com seus quadros sensuais. Além da Banheira, havia concursos de camiseta molhada e brincadeiras em que celebridades tinham que sentar umas nas outras para estourar bexigas, por exemplo. 

Para fazer frente aos conteúdos apelativos, o Domingão do Faustão exibiu, em 1997, o quadro Sushi Erótico. Os atores Oscar Magini, Matheus Rocha e Marcio Garcia apresentaram ao público uma suposta sensação do momento, em que mulheres ficavam nuas, com peças de sushi (iguaria típica da culinária japonesa) em cima e ao redor de seus corpos. 

Os três mostraram como os clientes se serviam (com a câmera dando closes nos corpos femininos) e fizeram piadas de duplo sentido sobre a situação, como: "Se fosse homem, era peru fatiado". 

O Domingão até conseguiu vencer o Domingo Legal durante a exibição do quadro, mas o Sushi Erótico não teve boa repercussão interna na Globo. Segundo reportagem da Folha de S.Paulo de outubro de 1997, Roberto Marinho, então presidente da emissora, não gostou do que viu: "A Folha apurou que ele teria ficado horrorizado com as cenas do sushi erótico apresentadas".

Já Fausto Silva foi mais enfático: "Não apresento mais isso. Para mim, acabou. Baixaria nunca mais. Uma atração que fica oito anos no ar, líder de audiência, e que expulsa o Silvio Santos, o monstro sagrado da televisão, do horário, é um bom programa. O problema é que todo programa como esse, com 240 minutos de duração e 52 edições inéditas por ano, tem que buscar fôlego", declarou ele em entrevista ao jornal O Globo, em 29 de outubro de 1997. 

O apresentador confirmou que sabia que o quadro iria ao ar, mesmo sendo de mau gosto. Ele afirmou que não estava de acordo e que as piadas eram ruins. "Toda concorrência tem um lado salutar, mas eu deveria ter sido mais respeitado no meu estilo. De qualquer forma, acredito muito nas mudanças que virão, porque chegamos no fim do túnel. Não há saída", desabafou.

A briga pela audiência seguiu entre os dois programas, com Faustão e Gugu se alternando na liderança a cada domingo. O programa da Globo acabou vencendo o SBT no início dos anos 2000, após o Domingo Legal perder muita relevância e credibilidade ao exibir uma entrevista falsa e encenada com homens que se diziam membros de uma facção criminosa. 

Gugu Liberato deixou o comando do Domingo Legal em julho de 2009 e foi contratado pela Record, onde ficou até sua morte, em 2019. Já Fausto Silva apresentou o Domingão do Faustão até junho de 2021. Ele saiu da Globo e foi contratado pela Band, onde comanda, desde janeiro de 2022, o Faustão na Band. 



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