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Damares Alves

Acusada de sequestrar índia, ministra de Bolsonaro rebate críticas no SBT

Reprodução/SBT

Montagem de fotos com a ministra Damares Alves e a jornalista Rachel Sheherazade no programa SBT Mulher

Ministra Damares Alves em entrevista para Rachel Sheherazade no SBT Mulher, no Facebook da emissora

REDAÇÃO

Publicado em 20/1/2020 - 18h29

Damares Alves, ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, foi convidada para o episódio de estreia do SBT Mulher, programa especialmente criado pelo perfil do SBT Jornalismo no Facebook. Em entrevista para Rachel Sheherazade nesta segunda-feira (20), a pastora rebateu todas as acusações de que teria sequestrado uma criança indígena no passado.

No início de 2019, Damares se viu diante de uma polêmica sobre a filha adotiva Lulu, da aldeia indígena Kamayurá, no Parque do Xingu, no Mato Grosso. Segundo a ministra, a progenitora da menina era mãe solteira.

"Na comunidade dela, filhos de mães solteira têm que ser sacrificados. Lulu era uma dessas meninas que a mãe não podia ficar. A mãe não conseguiu matar e jogou na floresta", contou ela. O bebê foi encontrado por um casal, que levou para a Damares. Naquela época, a ministra atuava com a comunidade por causa da sua ONG Atini, conhecida por dar assistência à população indígena.

"Foi amor à primeira vista", ressaltou a entrevistada. "Fui proibida por muitos anos de falar. Porque eles acham que eu faço interferência cultural. Não posso salvar as crianças, porque no fato de salvar, estou mexendo na cultura. Só que tenho o entendimento que a cultura não pode ser maior do que a vida", completou ela.

A veiculação da história de Lulu foi um prato cheio para a imprensa quando ela foi anunciada por Jair Bolsonaro como integrante do governo. "Nesse momento em que todo mundo precisava falar muito mal da ministra, eles [a imprensa] descobre que a Funai me via, no passado, como uma sequestradora. Mas eu nunca sequestrei uma criança indígena. Ainda", ressaltou ela.

Para Rachel, Damares confirmou que, se preciso for, parte para ações drásticas. "Se eu precisar salvar uma vida. Se o único recurso for o sequestro, eu sequestro. Sequestro, vou na delegacia e falo: 'Sequestrei, mas vou ficar e vou salvar essa criança'", declarou.

Afirmação polêmica

A entrevista no SBT Mulher serviu também para a ministra explicar a famosa frase "meninos vestem azul e meninas vestem rosa".

"O que eu queria dizer com aquilo é que a criança pertence a família, a criança não pertence ao Estado. A família tem o direito e a liberdade, se quiser vestir rosa, se quiser vestir azul, sem nenhum patrulhamento. Se quiser vestir colorido, se não quiser vestir.O que a gente estava querendo dizer era o seguinte: chega de patrulhamento, chega de ideologia, chega de confusão", declarou ela.

Rachel Sheherazade brincou sobre o fato e disse que estava preparada para usar rosa diante da ministra. "A gente veste a cor que a gente quer, e as crianças vestem a cor que quiserem", comentou a entrevistada.

Outro ponto abordado foi a questão do feminicídio no Brasil. "Essa luta de proteção da mulher no Brasil, nós vamos ter que esquecer todas as nossas diferenças ideológicas, partidárias e religiosas. Nós vamos ter que nos unir. Ou a gente faz isso ou a gente faz isso. Não tem opção B", avisou a ministra.

Vítima de violência doméstica na infância, Damares desabafou sobre o drama durante a entrevista. "Aos seis anos, eu fui barbaramente estuprada", declarou. O SBT Mulher anunciou sendo esse o conteúdo da segunda parte do bate-papo com a ministra. A entrevista será exibida no Facebook do canal na terça-feira (21), às 16h.

Confira o SBT Mulher de hoje na íntegra:

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