NEM NO GLOBOPLAY
DIVULGAÇÃO/TV GLOBO
Alex Escobar no estúdio olímpico em 2016, no Rio de Janeiro; 4K ficou de fora em Tóquio
Mesmo com a venda de TVs 4K (ou Ultra HD, de Ultra High Definition) em alta, o SporTV não transmitirá os Jogos Olímpicos de Tóquio, que começam em 23 de julho, em altíssima resolução pela TV por assinatura. Em nota enviada ao Notícias da TV, o canal também descarta a transmissão do evento em UHD pelo Globoplay.
No caso da Globo, existe uma limitação tecnológica, já que a TV digital brasileira suporta apenas a resolução Full HD. O projeto para incluir a definição 4K na TV aberta está em estudo e deve ser apresentado ao governo até o final do ano. O início das transmissões em UHD, de fato, está previsto para 2023.
No SporTV, a decisão é vista como um retrocesso. Há cinco anos, nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, já era mantido um canal exclusivo para transmissões em 4K, mesmo que em caráter experimental e apenas para grandes cidades brasileiras, inclusive com a exibição da cerimônia de abertura ao vivo. Para captar as imagens de melhor resolução, assinantes da Net e da Claro precisavam ter uma TV e uma caixinha compatíveis com o sinal UHD.
O Globoplay também transmitiu a cerimônia de abertura ao vivo do Rio de Janeiro em 4K e até 4K HDR em Smart TVs da Sony e da LG compatíveis com esta tecnologia. A principal vantagem está na maior variedade de cores, que deixa a transmissão ainda mais real.
A exibição dos jogos das Copas do Mundo em 4K também não é uma novidade. Já em 2014, quando o evento foi realizado no Brasil, a Globo, em parceria com a Sony, havia realizado transmissões em locais fechados para convidados no Rio de Janeiro e em São Paulo.
Na Copa do Mundo da Rússia, em 2018, a transmissão foi mais completa, tanto na TV por assinatura como nas Smart TVs. A Net (atual Claro), em parceria com o SporTV, exibiu a grande maioria das partidas ao vivo em 4K pelo canal 704. O serviço estava disponível para assinantes do pacote mais completo da operadora na época, em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Florianópolis e Campinas.
Antes mesmo de fechar com a Net, a SporTV já havia firmado uma parceria para a transmissão dos jogos do Mundial da Rússia por aplicativo desenvolvido para as Smart TVs 4K da Samsung. Para ter uma boa transmissão, a velocidade mínima recomendada era de 30 Mbps. Procurada pela reportagem, a Samsung confirmou que não terá nenhuma parceria deste tipo para os Jogos Olímpicos de Tóquio.
Em todas as transmissões, a crítica comum, que ainda vale para os dias de hoje, era o delay, um atraso do sinal 4K em relação ao sinal HD, por exemplo. No futebol ao vivo, a diferença de apenas cinco segundos parece uma eternidade e pode acabar com o suspense do gol, que é comemorado antes pelo vizinho.
Enquanto por aqui não teremos sequer uma transmissão em 4K, a emissora japonesa NHK anunciou a exibição ao vivo das cerimônias de abertura e de encerramento dos Jogos Olímpicos de Tóquio, além de outros eventos selecionados, em resolução 8K com tecnologia HDR e 22.2 canais de áudio. São 33 milhões de pixels, número 16 vezes superior à da alta definição dos canais abertos brasileiros. Isto se traduz em muito mais nitidez e qualidade.
REPRODUÇÃO
Ilha de edição da NHK; 8K ao vivo
Como as transmissões são feitas via satélite, os japoneses que quiserem aproveitar a resolução 8K precisam ter uma caixinha compatível e uma antena externa capaz de captar estes sinais. Nos Jogos Olímpicos do Rio, em 2016, a Globo, em parceria com a mesma NHK, realizou a primeira transmissão mundial de TV digital terrestre ao vivo em 8K.
Imagens de competições esportivas e das cerimônias de abertura e de encerramento foram exibidas em receptores instalados no Rio de Janeiro. Na época, as TVs 8K ainda não tinham sido lançadas nas lojas.
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