MARCHA LENTA
Alan Roskyn/Netflix
Gabriel Leone vive Ayrton Senna (1960-1994) na minissérie Senna; estreia não empolgou
Produção mais cara da história da Netflix no Brasil, a minissérie Senna não acelerou muito na audiência. Enquanto no Brasil a atração foi ofuscada pela controvérsia do "apagamento" de Adriane Galisteu, no exterior o público simplesmente não se interessou muito pela história do piloto.
Segundo dados divulgados pela própria plataforma nesta terça (3), Senna foi apenas a sexta série de língua não inglesa mais vista na última semana, entre 25 de novembro e 1º de dezembro. Pesou contra a produção sua estreia ter ocorrido na sexta (29) --ou seja, ela teve apenas três dias no catálogo do streaming para contabilizar público.
Ainda assim, a expectativa era de que fãs do automobilismo corressem para ver a série --o que não ocorreu. De acordo com a Netflix, Senna acumulou 2,6 milhões de visualizações no período. Foi superada com folga pela segunda temporada do drama histórico alemão A Imperatriz (6,7 milhões) e pela sul-coreana Quando o Telefone Toca (6,6 milhões).
Ironicamente, a minissérie sobre Ayrton Senna (1960-1994) perdeu para um anime cujo título se assemelha muito aos acordes do Tema da Vitória que embalava o piloto em suas corridas na Fórmula 1. Dan Da Dan, há oito semanas no Top 10, acumulou 2,8 milhões de visualizações na semana.
Para piorar sua situação, Senna não conseguiu o primeiro lugar nem mesmo no Brasil --onde também ficou atrás do k-drama que tem episódios lançados semanalmente. Vale lembrar, mais uma vez, que Quando o Telefone Toca teve a semana inteira para acumular views, contra três dias da série brasileira.
No resto do mundo, a minissérie não se saiu muito melhor: entrou no Top 10 de apenas 13 países --além do Brasil, a atração entrou para o ranking de Argentina, Chile, Eslováquia, Eslovênia, Estônia, Hungria, Itália, Malta, Paraguai, Portugal, República Checa e Uruguai.
Para efeito de comparação, Pedaço de Mim, que se tornou um fenômeno mundial, havia alcançado o Top 10 de 21 países em sua estreia. A expectativa agora é para que Senna repita os passos da produção com Juliana Paes e cresça ao passar uma semana completa no catálogo --o melodrama chegou ao ranking de 73 países e territórios entre 8 e 14 de julho, período em que se tornou a produção mais vista de toda a Netflix.
Muito questionada sobre a tentativa de apagá-la da história de Senna, Adriane Galisteu quebrou o silêncio na noite de segunda-feira (2). A apresentadora afirmou que todo projeto que se dispõe a valorizar o piloto e renovar o legado dele para as novas gerações é válido e merece ser elogiado.
"Eu sei o quanto vocês estão curiosos para saber a minha opinião sobre tudo o que tá acontecendo. Olha, todas as homenagens, sejam elas em forma de livro, filme, DVD, série, minissérie, que dizem respeito ao Ayrton, são todas maravilhosas, merecidas e muito, mas muito bem feitas", elogiou Galisteu.
A apresentadora ressaltou que um ícone como o piloto de Fórmula 1 precisa ser exaltado para que as novas gerações o conheçam. "Nós temos a obrigação de perpetuar a história do Ayrton, para todas as gerações. Eu sou a primeira a ver, a primeira a aplaudir, a primeira a me emocionar, a levantar todas as bandeiras e dizer que a história dele tem que ser contada sempre."
"E eu sei, como artista também, que todos os artistas envolvidos deram o melhor, foram escolhidos a dedo para fazer o melhor. Foi tudo lindo e muito caprichado, então parabéns. Porque é assim que tem que ser mesmo, a gente tem que falar dessa história, a gente nunca pode deixar essa história passar ou morrer", valorizou.
Ela apontou que entende por que não aparece tanto na série da Netflix --na produção, Adriane (Julia Foti) tem menos destaque do que as outras duas mulheres de Senna (Gabriel Leone), Lilian de Vasconcellos (Alice Wegmann) e Xuxa Meneghel (Pâmela Tomé). "Vocês sabem também que eu nunca escondi que a história do Ayrton é muito maior do que o meu relacionamento com ele. Meu relacionamento com ele foi o último ano e meio de vida dele", afirmou.
"Porém, foi ao meu lado, e essa história também me pertence. E também foi uma história vivida intensamente, cheia de amor, cheia de diversão, um Ayrton completamente diferente de tudo aquilo que vocês já viram. Eu vivi essa história, e eu estou falando para vocês não o que ouvi, não o que vi, mas sim o que eu senti, o que eu vivi", declarou a apresentadora de A Fazenda.
No fim dos Stories, Adriane finalmente falou, discretamente, sobre a relação conflituosa que teve --e ainda tem-- com a família do piloto, mesmo sem citar os parentes do piloto diretamente. "Gente, o que está acontecendo agora é a vida como ela é. É a vida como ela sempre foi, pelo menos para mim", disse.
"A única novidade é que talvez agora eu esteja considerando a possibilidade de contar para vocês esse último ano e meio da minha vida ao lado dele. E eu acho que vocês vão amar, amar. Acho não, eu tenho certeza absoluta que vocês vão amar", finalizou.
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