GULLANE
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Gabriel Leone em Senna; Caio e Fabiano Gullane, produtores da série, não tocaram em polêmicas
Descrita como o maior projeto da produtora Gullane até hoje, a minissérie Senna foi indicada ao Critics Choice Awards e alcançou a sexta posição nas séries de língua não inglesa mais assistidas na Netflix ao redor do mundo. No Brasil, entretanto, o sucesso foi ofuscado pela polêmica envolvendo o apagamento de Adriane Galisteu --assunto que não foi sequer mencionado no painel que reuniu Caio e Fabiano Gullane nesta sexta (6), na CCXP 2024.
Sem mencionar o nome da apresentadora de A Fazenda 16, que certamente contribuiu para que a série estourasse ainda mais no Brasil, os irmãos falaram sobre como a trama foi motivo de orgulho. Os dois mantiveram o projeto em mãos por 15 anos até que pudessem trazer os seis episódios que contam a história de Ayrton Senna (1960-2994) à vida.
"A gente vinha de um momento muito especial, após termos feito O Bicho de Sete Cabeças (2000), Carandiru (2003)... Projetos que tinham funcionado muito bem dentro e fora do Brasil", destacou Fabiano.
"Caio e eu nos olhamos e falamos: 'precisamos de um projeto que tenha a chance de ter a maior audiência do audiovisual brasileiro. Aí veio o nome do Senna", detalhou.
Caio explicou que, a princípio, os dois haviam cogitado fazer um filme, mas sabiam que a história de Senna era muito extensa para ser condensada em pouco mais de 2 horas. "Com as plataformas [de streaming] começando a chegar ao Brasil, pensamos que uma série poderia nos dar mais tempo de contar a história dele e, ao mesmo tempo, já seria lançada no mundo inteiro", explicou.
"Preparamos e escrevemos como série, apresentamos ao mercado, e tivemos uma resposta muito calorosa e carinhosa da Netflix, que vinha com a mesma estatura e ambição para o projeto", declarou.
A minissérie, que contou com elenco e equipe nacional e estrangeira, foi colocada em pé de igualdade com conteúdos produzidos em Hollywood e outros lugares do mundo.
"Cada projeto é um protótipo, esse inclusive é um que traz 22 carros de Fórmula 1, traz à tona mais de dez circuitos [de corrida] em vários países do mundo, atores de 11 países diferentes. E tudo fluiu com a nossa filosofia de manter a característica artística sempre brasileira. Foi muito legal ver os gringos empolgados em trabalhar conosco, seguindo o planejamento brasileiro", destacou Fabiano.
Para o produto final chegar ao nível em que chegou, foram 350 dias de filmagem, e Gabriel Leone, intérprete de Senna, foi altamente elogiado. "Ele inspirava todos os atores. Na hora do almoço, em vez de estar preocupado, ele pegava o ukelele e tocava uma música com o [ator que interpretava o] Prost [Matt Mella] no pandeiro. Os dois grandes antagonistas, no momento de 'relax', podendo regar o clima de contribuição", celebrou Caio.
Os dois também aproveitaram para celebrar a indicação de Senna na categoria de melhor série internacional no Critics Choice Awards. "Senna foi escolhido para estar representando o Brasil, isso é muito grande. É raro ver um projeto brasileiro nessa categoria. Pra vocês terem ideia, os outros escolhidos são Round 6, Citadel... Projetos enormes! E Senna lá, levantando a bandeira brasileira", afirmou, emocionado.
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