CONTÉM SPOILERS
DIVULGAÇÃO/HBO MAX
Sarah Jessica Parker e Cynthia Nixon revivem os papéis de Carrie e Miranda em And Just Like That
[Atenção: este texto contém spoilers]
Nos anos 1990 e 2000, Sex and the City (1998-2004) foi uma das comédias românticas mais revolucionárias da TV ao abordar sexo e relacionamentos de mulheres independentes em Nova York. A série ganhou nesta quinta (9) na HBO Max um reboot, chamado And Just Like That..., e muita coisa mudou. Vinte anos mais velhas, as protagonistas encaram a separação de uma amiga, as novas questões sociais, embates de gerações e uma tragédia terrível.
And Just Like That se passa num período pós-pandemia, e a série já começa com comentários sobre confinamento e distanciamento social. Quando uma conhecida pergunta a Carrie (Sarah Jessica Parker), Miranda (Cynthia Nixon) e Charlotte (Kristin Davis) onde está Samantha (Kim Catrall), uma delas responde: "Ela não está mais entre nós".
Mas Samantha não foi vítima da Covid-19. As protagonistas explicam que houve uma ruptura quando Carrie demitiu a amiga do cargo de agente literária. A personagem mais sensual do grupo nunca a perdoou, se mudou para Londres e passou a dar "ghosting" nas colegas: sumiu e ignora todas as mensagens e telefonemas.
Samantha, no entanto, nunca foi esquecida e aparece em várias conversas, como se fosse um fantasma entre as ex-amigas.
Enquanto encubam essa mágoa, Carrie e Miranda precisam lidar com suas próprias questões. A advogada quer se especializar em direitos humanos e se matricula num curso com muitos alunos mais novos. Ela logo se embanana toda ao fazer comentários equivocados sobre questões de gênero e raça.
Já Carrie participa com um homem hétero e uma pessoa queer não-binária de um podcast, no qual a ideia é falar sobre sexo e relacionamento de diferentes pontos de vista. Mas a protagonista é considerada muito travada e é estimulada a se soltar mais, se atualizar.
A personagem de Sarah Jessica Parker é vista por seus colegas mais jovens como uma "lenda" que se acomodou no padrão de mulher casada. Ela vive bem e feliz com Mr. Big (Chris Noth), homem com quem teve muitas idas e vindas num relacionamento conturbado ao longo de todas as temporadas de Sex and the City.
Até que, no final do primeiro episódio, uma tragédia muda tudo: Big tem um infarto fulminante após fazer uma aula de spinning e morre minutos depois. Carrie o encontra já caído no chão do apartamento. O incidente é uma reviravolta terrível nas vidas esteticamente perfeitas e endinheiradas das amigas ricas de Nova York.
And Just Like That demonstra grande preocupação em incluir várias pautas sociais e diversidade na série --Sex and the City foi criticada por "envelhecer mal", ser uma atração muito branca e com problemas muitas vezes considerados desimportantes. Há diálogos que soam forçados, numa clara tentativa do roteiro de adereçar muitas questões atuais para norte-americanos instruídos e para mulheres em seus 50 anos, sem naturalidade.
Mas, ainda assim, a série consegue amarrar as problemáticas e prender o telespectador em bons ganchos. As protagonistas terão de batalhar um pouco mais por seus finais felizes em 2021.
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